* Momento Itajubense * 14/02/2017 - Demolida ponte do Ceasa de Itajubá / Alunos ganham computadores / Exploração de água mineral de Cambuquira e Caxambu deve ser privatizada / Presidente Temer censura Globo e Folha de São Paulo por causa da mulher ///

(Este boletim vem sendo publicado enquanto o portal Momento Itajubense está para ser restabelecido)

A Prefeitura de Itajubá demoliu, nesta terça-feira, 14 de fevereiro, a Ponte do Ceasa, entre o bairro Avenida e a Vila Podis/Radio Itajubá.

O acesso fica assim totalmente interditado, enquanto não se constrói nova ponte, o que a prefeitura promete para daqui a sessenta dias.

O ano letivo já começou nas escolas estaduais de Minas Gerais, e, em muitas delas, a boa notícia é que os alunos poderão contar com novos computadores e salas de informática completas, com acesso à internet.

Escolas estaduais de Minas ganham computadores

338 escolas do Sul de Minas e Itajubá sâo beneficidas

com investimento de R$ 12,42 milhões

- A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais - SEE/MG - investiu R$ 145 milhões na aquisição de mais de 45 mil equipamentos de informática para todas escolas estaduais. Os aparelhos estão sendo entregues, montados e configurados para utilização em salas de informática e setores administrativo.

-- No início desta gestão fizemos um censo tecnológico para verificar como estava a situação dos equipamentos de informática nas escolas estaduais. Muitos estavam defasados e sem funcionamento adequado, tanto na sala de informática como no setor administrativo. Assim, pudemos avaliar a real necessidade de cada escola”, explicou o diretor de Tecnologias Aplicadas à Educação da SEE, Bruno Borges.

A expectativa é que, até o final do ano, 95% das escolas estaduais tenham suas salas de informática montadas e em funcionamento.

-- Além disso, 100% das escolas terão computadores para o setor administrativo, o que parece básico, mas também não era realidade”, completou Borges.

Foram adquiridos 38.910 computadores

Além deles, quatro mil projetores multimídia e 3.800 impressoras, que estão em processo de entrega, com previsão de término no primeiro semestre de 2017. Até o momento, todas as 47 SREs, o Conselho Estadual de Educação e mais de 1.500 escolas já receberam os equipamentos.

Todas as escolas do estado receberão equipamentos novos para o setor administrativo, contando com projetor e impressora. A Secretaria de Educação espera atender a demanda total até o final de 2018.

Codemig deve abrir para iniciativa privada

água mineral de Cambuquira e Caxambu

A consulta pública da Codemig vai até 23 de fevereiro. Mais informações, podem ser encontradas no site da companhia

- A Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais - Codemig - abriu consulta pública sobre a privatização da exploração das águas minerais de Cambuquira e Caxambu. O serviço funcionaria de forma parecida como já acontece em São Lourenço.

Até 2015, era a Copasa quem fazia a exploração das águas minerais em Cambuquira. No entanto, a companhia rompeu o contrato alegando ter prejuízos. Desde então, a Codemig passou a explorar o recurso na cidade. Só que agora, a companhia que privatizar a exploração no mesmo molde que já acontece em São Lourenço.

O Parque das Águas em Caxambu está na mesma situação. A Codemig anunciou nesta semana que busca parceria com uma empresa no setor de alimentos e bebidas para aumentar o lucro e ampliar o mercado das águas minerais.

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Folha e O Globo tiram do ar reportagem

sobre chantagem a Marcela Temer

- Os jornais Folha de S. Paulo e O Globo foram censurados e obrigados a tirar do ar, ontem, reportagem sobre suposta chantagem à primeira-dama - Marcela Temer. A censura decorreu de liminar concedida pelo juiz Hilmar Castelo Branco Raposo Filho, da 21ª Vara Cível de Brasília.

A decisão proíbe, ainda, a publicação da chantagem à mulher do presidente em qualquer meio de comunicação. A chantagem consistiu em mensagens de extorsão enviadas pelo hacker Silvonei de Jesus Souza relativas a divulgação de fotos de nús da esposa de Temer. O hacker foi preso no começo do ano passado, pelo então secretário de Segurança de São Paulo - Alexandre Moraes, ex-ministro da Justiça indicado por Temer para juiz do Supremo Tribunal Federal - STF.

Globo e Folha de São Paulo receberam a notificação oficial da censura na manhã desta segunda-feira, 13, e, em seguida, tiraram suas reportagens do ar. Os textos veiculados na sexta-feira, 10, davam conta da chantagem que Marcela Temer sofreu no ano passado. O hacker Souza clonou o celular as contas de e-mail da primeira-dama, e passou a ameaçá-la, mencionando, inclusive, o nome do presidente Michel Temer.

Souza foi condenado em outubro a cinco anos e 10 meses de prisão por estelionato e extorsão e cumpre pena em Tremembé (SP). Os processos que falam sobre o tema são públicos e podem ser acessados pelo site do Tribunal de Justiça de São Paulo. A Folha divulga o número dos processos, que são: 0000057-20.2017.8.26.0520, 0036961-28.2016.8.26.0050, 0036960-43.2016.8.26.0050 e 0032415-27.2016.8.26.0050.

O impresso carioca do Grupo Globo revela que na noite de sexta-feira os assessores do presidente Michel Temer entraram em contato com o jornal para falar sobre o tema e enviaram uma mensagem com a reprodução da decisão judicial. Quando a mensagem chegou ao jornal, a reportagem já tinha sido publicada no site. O advogado que representa Marcela, Gustavo do Vale Rocha, escreveu na petição que o juiz deveria determinar o recolhimento das edições impressas, trecho do qual Raposo Filho não se manifestou.

O juiz decidiu que “os réus se abstenham de dar publicidade a qualquer dos dados e informações obtidas no aparelho celular da autora. Isto sob pena de multa no valor de R$ 50 mil”. Para o magistrado, os fundamentos apresentados pela defesa da primeira-dama são “relevantes e amparados em prova idônea”. “A inviolabilidade da intimidade tem resguardo legal claro”, informou o despacho.

Questionado sobre a situação, o presidente Michel Temer disse que não há censura na ação contra a Folha e O Globo.

Censura

- Em nota, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT), a Associação Nacional de Editores de Revistas (ANER) e a Associação Nacional de Jornais (ANJ) informaram que consideram a decisão do Juiz Raposo Filho censura prévia. “O conteúdo das mensagens consta do inquérito policial anexado à ação penal de Souza, que não está mais sob segredo de Justiça. As associações consideram a decisão judicial um cerceamento à liberdade de imprensa e esperam que a sentença seja revista ou reformada imediatamente, garantindo aos veículos de comunicação o direito constitucional de levar à população informações de interesse público”, ressaltaram.

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) também se manifestou. “A Abraji é contra qualquer tipo de censura e reivindica a anulação da absurda decisão da 21ª Vara Cível de Brasília. Impedir repórteres de publicar reportagens é prejudicial não apenas ao direito à informação, como também ao papel do jornalista de fiscalizar o poder público. Como resumiu a presidente do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia em junho de 2015, “cala a boca já morreu, quem disse foi a Constituição”. A censura foi banida pela Carta Magna de 1988 e pelo STF em sua decisão na ADPF 130, que derrubou a Lei de Imprensa. A liberdade de imprensa e a liberdade de expressão são fundamentais em qualquer democracia”.

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Zulcy Borges - editor e jornalista diplomado
Enviado por Saskia Bitencourt em 14/02/2017
Reeditado em 16/02/2017
Código do texto: T5912199
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