Janela Imaginária

Da janela vejo um homem. E nele estão depositados as esperanças de um povo sofredor. Ele grita, esbanja sorrisos, de terno e gravata sobre uma plataforma. Seu discurso forte, criando no povo infinitas possibilidades e promessas de um Brasil melhor.

Da janela o vejo. Agora empoderado. Ele conquistou a confiança da população. Mas será que o mesmo é realmente capaz de reger esse país? Nas suas mãos um Brasil rico, região exótica, a sétima economia do mundo, um país que emergiu. Observo que ele e seus aliados são conhecedores da tamanha potencialidade desse país. Preparado para ocupar o lugar protagonista no mundo. Entretanto, vejo também, com o passar do tempo, como se fosse um ciclo, tamanha falta de competência para gerir a própria riqueza.

Conscientizo-me de que somos um triângulo paradoxal. Como um país de imensas possibilidades está mergulhado em tanta miséria?, marcados pela violência urbana, desrespeito aos direitos humanos, desleixo com a natureza, envoltos por um muro de desigualdade. Um país que, de vez em quando ainda pensa como colônia e se comporta como tal. Por consequência disto não há avanços no intelecto, entre outras coisas. Desse modo, lamentavelmente não são tomadas decisões sábias com relação a governantes.

Finalmente, o Brasil é um país com riquezas e culturas incontáveis, únicas. Contudo, permanece em terceiro lugar em desigualdade, em meio à essa bipolaridade. Onde vemos que é necessário fazer a diferença, onde é preciso um governo que realmente traga mudanças que valorizem esse território. Que governem com amor e justiça.

Nicole Ribeiro
Enviado por Nicole Ribeiro em 28/02/2017
Código do texto: T5926270
Classificação de conteúdo: seguro