Juvêncio e Maria Clara

     Juvêncio era um homem muito preguiçoso, não gostava de trabalhar e nem tinha o ensino médio. Morava com seus pais em uma casa bem humilde. Ele namorava as escondidas com uma menina muito rica chamada Maria Clara, que era muito estudiosa e até o momento quase obediente. O seu pai era um fazendeiro muito bem de vida, ciumento e bravo, não deixava sua filha namorar seja lá com quem quer que fosse.  
     Certo dia à noite em um encontro as escondidas, a Moça e o rapaz decidiram uma coisa muito arriscada e crucial para suas vidas. Já que o pai dela não aceitaria o namoro de forma alguma, os dois juntos decidiram fugir no velho burro do pai de Juvêncio. Era o único meio de transporte que o rapaz tinha a sua disposição, e digo mais, o animal nem era dele.
     No dia seguinte à noite, como haviam combinado os dois fugiram, mas Maria Clara antes de ir ao encontro do príncipe encantado e o burro pardo, deixou uma carta para seus pais dizendo que havia fugiu com o amor de sua vida.  
     Assim que o pai de Maria Clara leu a carta, já ligou imediatamente chamando o delegado que era seu amigo, acionou também o batalhão da Guarda e o regimento da cavalaria... e foram todos seguindo as pegadas do burro para encontrar o casalzinho.
     Juvêncio quando viu aquela tropa toda vindo atrás dele, o seu medo superou o amor bem rapidinho, empurrou Maria Clara do burro para ganhar velocidade e enfiou a galope no meio de um matagal. Até hoje ninguém sabe a cor do burro fugido e o paradeiro do “destemido” garotão.
     O pai quando chegou a sua casa deu uma boa reprimenda na princesa abandonada, mas logo a sua mãe apaziguou a situação e tudo voltou à normalidade. A Moça ficou muito triste por alguns dias, porém a decepção com aquela atitude fez com que a donzela nunca mais quisesse ver a cara do infeliz.

Anaysa Catarina Inácio, 8º Br.