Resumo: As figuras de linguagem; de som, de pensamento (tropos ou ideias) e das próprias palavras...

Figuras de palavras ou tropos – ocorre quando um vocábulo adquire um significado novo, diferente daquele comumente conhecido.

Figuras de construção – ocorre quando a lógica da organização frasal é alterada.

Figuras de pensamento – ocorre no campo das idéias, imprimindo um sentido novo àquele convencional.

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Resumo de Figuras de Linguagem – Exemplos e exercícios

SEU AVÔ É UM TOURO – METÁFORA

SEU AVÔ É FORTE COMO UM TOURO – COMPARAÇÃO

Uma das obras mais conhecidas do poeta Luís de Camões possui várias figuras de antítese:

Exemplos:

AMOR É FOGO QUE ARDE SEM SE VER,

É FERIDA QUE DÓI, E NÃO SE SENTE;

É UM CONTENTAMENTO DESCONTENTE,

É DOR QUE DESATINA SEM DOER.

É UM NÃO QUERER MAIS QUE BEM QUERER;

É UM ANDAR SOLITÁRIO ENTRE A GENTE;

É NUNCA CONTENTAR-SE DE CONTENTE;

É UM CUIDAR QUE GANHA EM SE PERDER.

É QUERER ESTAR PRESO POR VONTADE;

É SERVIR A QUEM VENCE, O VENCEDOR;

É TER COM QUEM NOS MATA, LEALDADE.

MAS COMO CAUSAR PODE SEU FAVOR

NOS CORAÇÕES HUMANOS AMIZADE,

SE TÃO CONTRÁRIO A SI É O MESMO AMOR?

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Apóstrofe

A Apóstrofe é uma figura de linguagem que ocorre quando uma pessoa ou coisa personificada, ausente ou presente, é referida, invocada no texto, com intensão de destacar a pessoa ou coisa, ou a ideia que se pretende ressaltar.

Exemplo:

Ó MAR SALGADO, QUANTO DO TEU SAL

SÃO LÁGRIMAS DE PORTUGAL?

(MENSAGEM – FERNANDO PESSOA)

Elipse

A Elipse é uma figura de linguagem utilizada para omitir uma ou mais palavras, que podem ser facilmente identificadas, mesmo com sua ausência, pois ficam subentendidas.

Exemplo:

NO MAR, TANTA TORMENTA E TANTO DANO (OMISSÃO DO VERBO “HÁ”)

NA RUA DESERTA, NENHUM SINAL DE BONDE (OMISSÃO DE “NÃO HAVIA”)

Zeugma

Zeugma figura de linguagem que pode ser confundida com a elipse, porém, é a omissão de uma palavra que já foi citada anteriormente.

Exemplos:

ELA ADORA SALADA, EU, BATATA FRITA. (OMISSÃO DA PALAVRA “ADORA”)

ELA ESTEVE O TEMPO TODO COM ELE, ENQUANTO EU, SOZINHO EM CASA. (OMISSÃO DA PALAVRA “ESTIVE”)

Aliteração

Aliteração é a repetição das consoantes do início das palavras, para aumentar o ritmo ou produzir um efeito sonoro. É muito comum nos trava-línguas.

Exemplos:

O PEITO DO PÉ DO PEDRO É PRETO

O RATO ROEU A ROUPA DO REI DE ROMA

É O VENTO VENTANDO, É O FIM DA LADEIRA

É A VIGA, É O VÃO, FESTA DA CUMEEIRA

(ÁGUAS DE MARÇO – TOM JOBIM)

Assonância

Assonância é a repetição de palavras com sons vocálicos idênticos.

Exemplos:

MÃE, PASSISTA, ATLETA

MANICURE, DIPLOMATA

DONA DA BOUTIQUE

ENFERMEIRA, ACROBATA

(ELA É BAMBA – ANA CAROLINA)

A MINHA ALMA TÁ ARMADA

E APONTADA PARA A CARA DO SUSSEGO

(MINHA ALMA – O RAPPA)

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Orientação Profissional

“Tenho 22 anos e até hoje não consegui escolher uma profissão”

Orientadora profissional dá dicas para que leitor possa entender melhor seus próprios interesses

Para facilitar o processo de escolha, busque primeiro identificar o que você gosta e o que não gosta. Escreva e organize em uma folha para literalmente enxergar a situação. Esse movimento pode auxiliar na sua compreensão. No seu caso, você tem identificação com o mundo do campo, como relata na tua pergunta. Valide essa sua percepção (autoconhecimento) e pense em como você se imagina daqui a uns anos.

Esse trabalho de visualizar o seu futuro é importante. “Onde eu quero estar trabalhando? Sozinho ou em grupo? Quero ter flexibilidade de horário? Quero trabalhar em um escritório, em laboratório, em sala de aula ou ao ar livre? Quero trabalhar com quê?”. Enfim, como você se vê?

Após essa análise, busque as informações sobre os cursos (grade curricular, campos de atuação, mercado de trabalho etc.) que lhe proporcione realizar o seu projeto de futuro. Se quer estar no campo, deve pesquisar cursos que lhe possibilitem trabalhar nesse espaço.

Lembre-se que o curso é o início do caminho para você alcançar seu futuro! Boa escolha!

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As 10 melhores e as 10 piores profissões de 2017

Estatística lidera a lista; repórter de jornal fica na última colocação

Estatístico

Gerente de serviços médicos (Gestão em Saúde)

Analista de pesquisa de operações

Analista de segurança da informação (Sistemas de Informação, Segurança da Informação)

Cientista de dados (Ciência da Computação)

Professor universitário

Matemático

Engenheiro de software

Terapeuta ocupacional

Fonoaudiólogo

As 10 piores profissões em 2017:

Repórter de jornal

Locutor de rádio

Lenhador

Militar

Trabalhador que faz o controle urbano de pragas

DJ

Publicitário – vendedor de anúncio

Bombeiros

Vendedor

Taxista

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As figuras de linguagem dividem-se em figuras de som, de pensamento (ideias) e das próprias palavras...

As figuras de linguagem são recursos que tornam mais expressivas as mensagens.

Subdividem-se em figuras de som, figuras de construção, figuras de pensamento e figuras de palavras.

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Figuras de som

a) aliteração: consiste na repetição ordenada de mesmos sons consonantais.

“Belos beijos bailavam bebendo breves brumas boreais” (Luan Farigotini)

b) assonância: consiste na repetição ordenada de sons vocálicos idênticos.

“Ó Formas alvas, brancas, Formas claras” (Cruz e Sousa)

c) paronomásia: consiste na aproximação de palavras de sons parecidos, mas de significados distintos.

“Com tais premissas ele sem dúvida leva-nos às primícias” (Padre António Vieira)

Figuras de construção

a) elipse: consiste na omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto.

“Na sala, apenas quatro ou cinco convidados.” (omissão de havia)

b) zeugma: consiste na elipse de um termo que já apareceu antes.

Ela come pizza; eu, carne. (omissão de como)

c) polissíndeto: consiste na repetição de conectivos ligando termos da oração ou elementos do período.

“Longe do estéril turbilhão da rua,

Beneditino, escreve! No aconchego

Do claustro, na paciência e no sossego,

Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!”

com calma sem sofrer” (Olavo Bilac)

d) inversão: consiste na mudança da ordem natural dos termos na frase.

“Do que a terra mais garrida / Teus risonhos, lindos campos têm mais flores” (Osório Duque Estrada, em Hino Nacional Brasileiro)

e) silepse: consiste na concordância não com o que vem expresso, mas com o que se subentende, com o que está implícito. A silepse pode ser:

• silepse de gênero

Vossa Excelência está preocupado.

• silepse de número

Os Lusíadas glorificou nossa literatura.

• silepse de pessoa

“O que me parece inexplicável é que os brasileiros persistamos em comer essa coisinha verde e mole que se derrete na boca.”

f) anacoluto: consiste em deixar um termo solto na frase. Normalmente, isso ocorre porque se inicia uma determinada construção sintática e depois se opta por outra.

“O homem, chamar-lhe mito não passa de anacoluto” (Carlos Drummond de Andrade) .

g) pleonasmo: consiste numa redundância cuja finalidade é reforçar a mensagem.

“Ó mar salgado, quanto do teu sal

São lágrimas de Portugal”

(Fernando Pessoa)

h) anáfora: consiste na repetição de uma mesma palavra no início de versos ou frases.

“ Amor é um fogo que arde sem se ver;

É ferida que dói e não se sente;

É um contentamento descontente;

É dor que desatina sem doer” (Camões)

Figuras de pensamento

a) antítese: consiste na aproximação de termos contrários, de palavras que se opõem pelo sentido.

“Eu vi a cara da morte, e ela estava viva”. (Cazuza)

b) ironia: é a figura que apresenta um termo em sentido oposto ao usual, obtendo-se, com isso, efeito crítico ou humorístico.

“A excelente Dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças.”

c) eufemismo: consiste em substituir uma expressão por outra menos brusca; em síntese, procura-se suavizar alguma afirmação desagradável.

Seu Jurandir partiu desta para uma melhor. (em vez de ele morreu)

d) hipérbole: trata-se de exagerar uma ideia com finalidade enfática.

Estava morrendo de fome. (em vez de estava com muita fome)

e) prosopopeia ou personificação: consiste em atribuir a seres inanimados predicativos que são próprios de seres animados.

“Devagar as janelas olham…” (Carlos Drummond de Andrade)

f) gradação ou clímax: é a apresentação de ideias em progressão ascendente (clímax) ou descendente (anticlímax)

“O primeiro milhão possuído excita, acirra, assanha a gula do milionário.” (Olavo Bilac)

g) apóstrofe: consiste na interpelação enfática a alguém (ou alguma coisa personificada).

“Ó Leonor, não caias!”

Figuras de palavras

a) metáfora: consiste em empregar um termo com significado diferente do habitual, com base numa relação de similaridade entre o sentido próprio e o sentido figurado. A metáfora implica, pois, uma comparação em que o conectivo comparativo fica subentendido.

“Meu coração é um balde despejado” (Fernando Pessoa)

b) metonímia: como a metáfora, consiste numa transposição de significado, ou seja, uma palavra que usualmente significa uma coisa passa a ser usada com outro significado. Todavia, a transposição de significados não é mais feita com base em traços de semelhança, como na metáfora. A metonímia explora sempre alguma relação lógica entre os termos. Observe:

Sócrates tomou as mortes. (O efeito é a morte, a causa é o veneno).

c) catacrese: ocorre quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, torna-se outro por empréstimo. Entretanto, devido ao uso contínuo, não mais se percebe que ele está sendo empregado em sentido figurado.

O pé da mesa estava quebrado.

d) antonomásia ou perífrase: consiste em substituir um nome por uma expressão que o identifique com facilidade:

O Rei do Futebol (em vez de Pelé)

e) sinestesia: trata-se de mesclar, numa expressão, sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido.

“Como era áspero o aroma daquela fruta exótica” (Giuliano Fratin)

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Anáfora

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,Eu, tantas vezes irrespondivelmente parasita,Indesculpavelmente sujo,Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,Que tenho sofrido enxovalhos e calado,Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachadoPara fora da possibilidade do soco;Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.

PLEONASMO

A XEROXONA

BRUNO TOLENTINO

 

A BELA ESPINOZONA É MESMO UM ÁS!

FILHA DA MARIA ANTÔNIA, E SUMIDADE

DE QUE TITIA USP GARANTE A IDONEIDADE,

SE BEM ME LEMBRA HÁ POUCO TEMPO ATRÁS

 

ERA AINDA UMA VULVA TÃO VORAZ

QUE DEGLUTIA OS MESTRES À VONTADE,

CHEGOU A FAZER SEU MAIS DA METADE

DE UM LIVRO DO LEFFORT – O QUE ALIÁS

 

ASSUSTOU O MERQUIOR… ESSA ARARUTA,

QUE A FIM DE TER SEU DIA DE MINGAU,

CHUPA O TRABALHO ALHEIO PELO PAU,

 

PODE ATÉ SER O QUE NINGUÉM DISPUTA

- A VÊNUS QUE DÁ TUDO PELA LUTA -

MAS XEROX EM XERECA É GENIAL!

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ASSíNDETO/ polissíndeto

Miguilim olhou. Nem não podia acreditar! Tudo era uma claridade, tudo novo e lindo e diferente, as coisas, as árvores, as caras das pessoas. Via os grãozinhos de areia, a pele da terra, as pedrinhas menores, as formiguinhas passeando no chão de uma distância. E tonteava. Aqui, ali, meu Deus, tanta coisa, tudo... O senhor tinha retirado dele os óculos, e Miguilim ainda apontava, falava, contava tudo como era, como tinha visto.

(GUIMARÃES)

E rola, e tomba, e se espedaça, e morre.

Vim, vi, venci.

(césar)

ZEUGMA

“Bramindo o negro mar de longe brada]

Como se desse em vão nalgum rochedo.”

(Luís de camões)

Elipse

Ao vencedor, as batatas.

Cada cabeça uma sentença.

hipérbato

Do que a terra mais garrida, teus risonhos, lindos campos têm mais flores.

silepse

A rádio noticiou a morte.

A multidão de bárbaros avançavam sobre o réu.

Os cariocas somos muito receptivos.

ANACOLUTO

“Vós, que ateastes a guerra, o sangue derramado cairá sobre vossas cabeças.”

quiasmo

Tinha uma pedra no meio do caminho, no meio do caminho tinha uma pedra.

eufemismo

“E brindemos uníssonos à sorte,

Até que chegue a hora do barqueiro”

ricardo reis

hipérbole

Capitu pareceu-me lívida. Seguiu-se um daqueles silêncios, a que, sem mentir, se pode chamar de um século, tal é a extensão do tempo nas grandes crises. 

Apóstrofe (interpelação)

Deus! ó Deus! onde estás que não respondes?Em que mundo, em qu'estrela tu t'escondesEmbuçado nos céus?

Há dois mil anos te mandei meu grito,Que embalde desde então corre o infinito...Onde estás, Senhor Deus?...

Vozes d'África (castro alves)

Figuras sonoras:

-Aliteração (repetição de sons consonantais)

Assonância (repetição de sons vocálicos)

Onomatopeia

TEXTO

Vestindo água, só saído o cimo do pescoço, o burrinho tinha de se enqueixar para o alto, a salvar também de fora o focinho. Uma peitada. Outro tacar de patas. Chu-áa! Chu-áa... - ruge o rio, como chuva deitada no chão. Nenhuma pressa! Outra remada, vagarosa. No fim de tudo, tem o pátio, com os cochos, muito milho, na Fazenda; e depois o pasto: sombra, capim e sossego... Nenhuma pressa. Aqui, por ora, este poço doido, que barulha como um fogo, e faz medo, não é novo: tudo é ruim e uma só coisa, no caminho: como os homens e os seus modos, costumeira confusão. É só fechar os olhos. Como sempre. Outra passada, na massa fria. E ir sem afã, à voga surda, amigo da água, bem com o escuro, filho do fundo, poupando forças para o fim. Nada mais, nada de graça; nem um arranco, fora de hora. Assim.

João Guimarães Rosa. O burrinho pedrês, Sagarana.

 

(Fuvest 2009) Como exemplos da expressividade sonora presente nesse excerto, podemos citar a onomatopeia, em "Chu-áa! Chu-áa...", e a fusão de onomatopeia com aliteração, em:

a) "vestindo água".

b) "ruge o rio".

c) "poço doido".

d) "filho do fundo".

e) "fora de hora".

http://br.syvum.com/cgi/online/serve.cgi/vestibular/FUVEST/fuvest_2009_1a_fase.html?question_hide

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Enviado por J B Pereira em 25/05/2017
Reeditado em 28/05/2017
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