A Educação Profissional e Tecnológica como possibilidade de emancipação social
 
Através da educação é que passamos a ter perspectivas de um convívio  multicultural  na  comunidade escolar  e na sociedade como num todo e  conseguimos visualizar os grupos sociais interagindo  , interligando-se  em função do crescente contato  entre os familiares de outras regiões  com culturas diferentes, dialetos , crenças e sonhamos com a acessibilidade, que através dos alunos, possam surgir ações e projetos de melhorias, dentro do contexto social . Inserir a cultura da comunidade na educação profissional,  traz à luz as necessidades que por vezes a comunidade clama, e não é ouvida por seus governantes, como melhores condições de trabalho, transporte, saúde e reconhecimento  da mão de obra local
Entendo que a formação profissional precisa ser atrelada ao convívio social do aluno. Ele não pode ser um mero expectador de seu cotidiano comunitário. Muitas vezes um profissional  desconhece  a realidade do seu colega ,podendo ajuda-lo  a resolver problemas cotidianos com sugestões , ou com  mão de obra . Creio que o verdadeiro papel da escola seja educar para a vida e não para espaços restritos de empresas. O ser humano-profissional,  é o mesmo da comunidade em que ele habita.  Ter uma formação profissional em nível técnico não basta. É necessário ter o acesso aos estágios e se não houver, corre o risco de cair apenas no modelo profissional que tem a teoria e desconhece como funciona na prática a sua formação profissional, tornando o mercado com inúmeros técnicos sem qualquer conhecimento empírico do curso que se formou, culminando no profissional que fica apenas atrás de uma mesa com um diploma sem qualificação.
Desta forma , creio que o cursando necessitará de uma preparação adequada para direcionar os seus conhecimentos sem se sentir oprimido no ambiente profissional em que terá contato ,com atividades de sua futura profissão,  de maneira contextualizada com a realidade social considerando que o seu posicionamento poderá impactar nas relações do sistema capitalista.
Percebemos no nosso cotidiano que os Institutos Federais  tem desempenhado um papel extremamente importante dentro da nossa sociedade, formando cidadãos capacitados  apenas com teoria e métodos e sem formação para o mercado de trabalho onde em  algumas situações não havendo estágios para que sejam aprimorados os conhecimentos na  prática, tirando a oportunidade de um futuro profissional. Sem essa socialização, nem a empresa conhece a clientela que tem do lado de fora, nas escolas  de formação profissional  e nem a escola oportuniza o aluno ao estágio de formação .Quando saem e enfrentam a realidade após o período de estudo, de certa forma o aluno ainda não está emancipado, não tem segurança no aprendizado, por não ter sido inserido  como estagiário e sem oportunidade no mercado de trabalho gerando total complexidade na socialização.
Considerando a necessidade da inserção no mercado de trabalho, é necessário  uma parceria prévia para estágios com as empresas dos cursos ofertados, observar qual o tipo de economia local para a geração dos cursos e desenvolver a verdadeira função social das empresas que se instalam na região, garantindo a mão de obra local e valorizando a comunidade .As escolas técnicas da época em que  o meu marido estudava,  lá pelos anos de  1975 , já desenhavam as peças que iriam produzir , em uma escola técnica tendo com entidade mantenedora, a Vale do Rio Doce. Não dominava a informática porque ainda não estava em evidência, porém o desenho técnico manual com réguas, já era feito pelos cursandos, que posteriormente seriam os produtores das peças desenhadas. O aluno já saía com a formação e experiência profissional .Percebo a evolução no que se refere a   formação na educação profissional e tecnológica, sem  o suporte das leis e sem a adequação entre trabalho,  inserção da cultura local e as advindas de outras regiões   uma vez que no nosso país temos uma pluralidade para se aproveitar esse conhecimento na profissionalização. A emancipação profissional direciona o cidadão para a sua autonomia profissional que de alguma forma vai classificando e separando em classes sociais, trabalhistas e poder aquisitivo e econômico.
 
 
 
Eliane Auer (Moça Bonita)
Enviado por Eliane Auer (Moça Bonita) em 12/10/2017
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