Comunicação verbal

No no capítulo “Linguística e teoria da comunicação do livro “Linguística e comunicação”, Roman Jakobson aborda a comunicação verbal ,no que diz respeito ao código, fonemas, caráter distintivo, redundância, enfim, da linguagem.

A teoria da informação tinha como finalidade isolar os elementos abstratos de representação que não são suscetíveis à mudanças, ou seja, permanecem invariáveis em uma nova formulação. A teoria da comunicação levanta a noção de redundância e a importância de haver uma estreita distinção entre os diferentes tipos de redundância tanto para a teoria da comunicação quanto para a Linguística. Os linguistas tiveram as relações entre as duas principais classes linguísticas de qualidades fônicas – os traços distintivos e os traços redundantes – aclarados.

Jakobson cita que uma análise realizada, facilmente contesta a opinião de alguns teóricos que afirmam não haver distinção entre traço distintivo e traços redundante. Essa análise mostra que o caráter distintivo e redundante, estão objetivamente presentes e delimitados na linguagem.

O autor fala também do preconceito que considera os traços distintivos pertinentes e os redundantes não , que está desaparecendo da Linguística , graças à teoria da comunicação que ajuda os linguistas a superarem a tendência a distinção dos traços.

Jakobson diz que, embora a linguística já tenha descrito adequadamente em suas linhas gerais a estrutura do código linguístico, é oportuno citar que o código não se limita àquilo que os engenheiros da comunicação chamam de “conteúdo puramente cognitivo do discurso”.

Charles Pierces notava em seu programa ,que os locutores pertencem à mesma comunidade linguística podem ser classificados como usuários efetivos de um único e mesmo código linguístico. Consoante Charles a essencial diferença entre a Linguística e as ciências físicas é que , enquanto o físico cria suas construções teóricas, aplicando seu próprio sistema hipotético de novos símbolos aos índices extraídos, linguista apenas traduz nos símbolos de uma metalinguagem os símbolos já existentes,que estão em uso na língua da comunidade linguística em questão.

O autor diz que nos planos gramatical e fonológico tanto o destinatário quanto o codificador podem praticar a elipse, que é regida por leis codificadas. O código inclui um conjunto de subcódigos. O observador linguístico que possui ou adquira o domínio da língua que observa, ou progressivamente se torna um parceira potencial ou atual de mensagens verbais entre os membros da comunidade linguística ; ele se converte num membro passivo,ou mesmo ativo dela. Os engenheiros da comunicação defendem a ideia de trazer o observador para dentro da cena, fomentando o pensamento de Cherry quando diz que a descrição mais completa será a do observador participante; ao contrário do observador isolado e exterior que se comporta como um criptanalista, que recebe as mensagens das quais não é o destinatário e cujo código não conhece. Ou seja, como indicou Jurgen Ruesh, as informações que um observador pode colher depende da sua situação dentro ou fora do sistema.

Roman Jakobson teve por objetivo, auxiliado pela metalinguagem, mostrar as semelhanças e diferenças apresentadas na comunicação verbal ,expressando o ponto de vista não só dele , mas também de outros estudiosos renomados na área da Linguística. Ele pretendia nesse capítulo alcançar principalmente um público acadêmico, já que aborda em seus estudos aspectos acerca da linguagem que somente interessam a pessoas da área. Seus estudos são relevantes ,pois juntamente com a visão de outros profissionais ele levanta questões importantíssimas envolvendo os emissores, receptores ou meramente observadores da mensagem.

Resenha com base no texto "Linguística e comunicação" de Roman Jakobson.

Monique Sampaio
Enviado por Monique Sampaio em 24/10/2014
Código do texto: T5010018
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.