Formação Continuada de Professores: O CONTEXTO DA ESCOLA PÚBLICA. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL

RIBEIRO, Klinker Ericeira. Formação Continuada de Professores: O CONTEXTO DA ESCOLA PÚBLICA. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL

Ana Lúcia Santos Ferreira

Verônica Pereira de Almeida

O presente artigo tem como objetivo fomentar uma discussão acerca da formação continuada de professores, em especial no contexto da escola pública. Para tal compreensão da complexidade dessa formação, a autora aborda questões concernentes acerca da falsa dicotomia entre a formação inicial e a formação continuada.

No primeiro momento, a autora afirma que o aprimoramento e fortalecimento da formação continuada do professor têm sido tema recorrente na literatura e também, uma preocupação de instituições públicas e corporações privadas. Nesse sentido, percebe-se que para alcançarmos uma educação de qualidade é necessário investimento na qualificação continuada do professor.

A autora embasa suas reflexões sobre a temática dialogando com teóricos, a exemplo de Demo (2002); Freire (1997); Gatti (1997); Libâneo (2005); Marques (2000); Perrenoud (2000), entre outros.

Continuando sua abordagem, Ribeiro enfatiza que o caráter (multi) relacional do trabalho pedagógico colabora para o dinamismo de uma prática que necessita de constante reflexão, recomeço e renovação. Esse dinamismo é caracterizado pela complexidade das relações dos diferentes grupos em que o professor se insere: o aluno, a família, colegas de trabalho, dentre outros. Nesse sentido, vale ressaltar que o professor, em muitos momentos, depara-se com situações de conflitos que requer um equilíbrio e constante reflexão.

Outro aspecto abordado no texto, diz respeito a complexidade da formação do professor. Essa formação que deveria ser priorizada pelas Secretarias da Educação, tende a ser imposta e equivocada, geralmente não levam em consideração diferentes aspectos, necessidades profissionais e contextos. Como assinala a autora, a formação que as secretarias da educação propõem impede a autonomia e ação do professor.

Embasada em uma fundamentação jurídica, a autora conclui o seu artigo, apresentando fragmentos da Constituição Federal concernentes ao plano de carreira; traz trechos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9.394/96), artigo 67, que enfatiza acerca da responsabilidade dos sistemas de ensino e o Plano Nacional de Educação.

Essa abordagem acerca das leis nos convida a uma reflexão mais ampla e crítica de que é necessário também que o profissional da Educação busque conhecer mais os seus direitos e, de forma planejada, organize-se e exija dos órgãos competentes o cumprimento dos seus direitos ao plano de carreira e a efetiva e necessária formação continuada.

Resenha apresentada pelas doutorandas do curso Ciências da Educação da Universidade Columbia Del Paraguay, sob orientação da Professora Dr.ª Rosângela Lemos da Silva, como forma de socializar a epistemologia social e científica.