WADDINGTON, Andrucha. Eu Tu Eles. Rio de Janeiro. Columbia Pictures e Conspiração Filmes, 2000.
Resenhado por: Aldenora Bicetre.

O diretor Andrucha Waddington buscou a idéia para o roteiro de Eu Tu Eles, partindo de uma reportagem publicada no Fantástico, em 1995, que falava exatamente de uma mulher que vivia com 3 maridos no sertão do Ceará, um povoado com 5 ou 6 casas, denominado “Quixelô”. O nome desta mulher é Maria Marlene Silva Sabóia e, para autorizar a utilização de sua história no filme, ela recebeu R$ 1.500,00 mais 3% da bilheteria total arrecadada. O filme foi desenvolvido e ao longo de 4 anos, e exibido no ano de 2000.
 
Andrucha Waddington, criou uma história inteiramente fictícia desenvolvida no gênero - comédia dramática. De início, a aridez das imagens do Nordeste deixa um clima de frieza, mas, à medida que a história vai se desenvolvendo, o público começa a se soltar e a se envolver com o poder de sedução de Darlene, protagonista principal da história.
 
O que mais chama a atenção no filme são as imagens naturais e fortes do Nordeste. É tocante ver os personagens se movimentando no meio de toda aquela secura e pobreza num cenário envolvente de humor, de paixão, e com um figurino autenticamente alusivo aos bóias-frias, ou seja, agricultores de canaviais do sertão nordestino brasileiro, narrando o idílio insólito do quarteto amoroso comandado por Darlene Linhares e seus três maridos: Osias, Zezinho e Ciro.
 
Originalmente, Eu Tu Eles tinha 2 horas e 30 minutos de duração, apresentando um prólogo que contava a história de Ciro (Luiz Carlos Vasconcelos) e tinha a participação de Fernanda Torres e Matheus Natchergaele. Apenas na edição final, o diretor Andrucha Waddington resolveu retirar do filme o prólogo e diminuí-lo para 1 hora e 44 minutos.

Contexto do filme:
 
Darlene (Regina Casé), grávida e solteira, vai embora da sua região e retorna três anos depois ao trabalho pesado dos canaviais no nordeste brasileiro com Dimas, seu filho. Logo que Osias (Lima Duarte), um homem mais velho e orgulhoso de sua casa ter sido construída por ele, lhe propõe casamento. Darlene aceita. Ele se aposenta, enquanto ela continua trabalhando duro nos canaviais e em poucos anos nasce um segundo filho, muito mais escuro que Osias. Então ele leva Zezinho (Stênio Garcia), seu primo que é quase da sua idade além de ser um bom cozinheiro, para morar com ele. Darlene fica feliz com a chegada de Zezinho e logo nasce outra criança, esta bastante parecida com Zezinho. Pouco tempo depois Darlene convida Ciro (Luiz Carlos Vasconcelos), que trabalha com ela nos canaviais e não tem onde dormir, para jantar. Zezinho é contra, mas Osias diz que a casa é dele e que o recém-chegado é bem vindo e pode dormir lá. Ciro acaba morando lá, mas a chegada de outro filho, desta vez parecido com Ciro, obriga Osias a tomar uma decisão.
 
Descrição dos personagens:

Protagonistas: Regina Casé (Darlene).
Antagonistas: Lima Duarte (Osias), Stênio Garcia (Zezinho) e Luiz Carlos Vasconcelos (Ciro).
Secundários ou coadjuvantes:
Nilda Spencer (Raquel)
Diogo Lopes (Vaqueiro Negro)
Helena Araújo (Mãe de Darlene)
Iami Rebouças (Moça do forró)
Lucien Paulo (Capataz)
Herbert Medrado (Dimas - 1 ano)
Joanderson Cruz (Dimas - 4 anos)
Jocemar Damásio (Dimas - 6 anos)
Ariélson dos Santos (Edinardo - bebê)
Pablo Silva (Edinardo - 1 ano)
Jefferson Sousa (Edinardo - 4 anos)
Vítor da Conceição (Edinardo - 6 anos)
Lucas de Castro Silva (Edinaldo - bebê)
João Lucas de Barros Neto (Edinaldo - 1 ano)
Jonathan Dantas (Edinaldo - 4 anos)
Alessandro dos Santos Ribeiro (Edivaldi – bebê).

Questões linguísticas: Variações e análise (semânticos, textuais, e históricos. Expressões evidenciadas no filme).
 
O filme mostra a história de 04 personagens no sertão brasileiro numa linguagem típica do nordeste e se enquadra na Literatura Regionalista. No filme aparecem algumas formas de linguagens rústicas mostrando que certas variações fonéticas, vivificadas na época da constituição da língua portuguesa, continuam a vigorar nos hábitos do povo em questão.
Nesse caso, a palavra “fêo”, que é mencionada no filme, antes era FOEDU>FÊO>FEIO. Esta palavra sofreu uma variação desfazendo-se pela intercalação de uma semivogal entre as vogais.
Percebe-se no filme a frase: “Isso aqui tá é multo bom”. (Osias falando da comida de Zezinho para Raquel). O encontro consonantal pode ter como consequência a formação de grupos de consoantes latinos ou românicos. Neste caso chamado de impróprio por ter o primeiro elemento vocalizado MULTU>MUITO. São intervocálicos.
 
Outra palavra muito usada no filme é: “cê” - pronome de tratamento VOCÊ. Neste caso houve uma queda de dois fonemas no início da palavra, chama-se Aférese. VOCÊ>CÊ.
Já na frase - “bora home!” - usada por Darlene, houve a diminuição do fonema no fim do vocábulo. HOMEM>HOME, constituindo-se assim, uma Apócope.
 
Adequação ou inadequação da película (música);
 
Quem não viu pode não ter essa referência, mas certamente é irresistível. Gil coloca o mais puro do baião, xote e xaxado nas músicas dançantes e um lamento sincero nas “baladas”. Ele interpreta a trilha do filme, que na tela não era toda cantada por ele.
As boas surpresas são as músicas compostas por Gil especialmente para o filme. 'O amor aqui de casa' começa com o tom sombrio de um berimbau, falando da seca e da miséria nordestina, mas logo parte a falar do amor, sempre mais forte. Não é à toa que é o tema da personagem de Regina Casé, Darlene, que consegue sobreviver graças ao(s) seu(s) amor(es). 'As pegadas do amor', também compostas por Gilberto Gil para o filme, tem um arranjo requintado que ganha efeito com um pandeiro. A rima da letra, jogando com regionalismos do nordeste, dá ainda mais força à canção.
Mas sem dúvida, o ponto alto musical é a interpretação de 'Esperando na Janela', música que saiu de Eu, tu, eles para ganhar as bocas de todo o país. A letra simples combinada ao forró fazem da canção uma declaração singela e inocente de amor.
Gilberto Gil e as canções de Eu, tu, eles é um resgate da música nordestina de raiz tradicional, libertada de muitas apropriações e “estrangeirismos”. É a música autêntica do sertanejo propriamente adequada em todas as trilhas sonoras.

Crítica pessoal sobre o filme:
 
A história narra a vida miserável de um grupo de pessoas no nordeste brasileiro, três homens entre elas, cujas condições gerais e particulares levam-nas a se juntar sob um mesmo teto e, com perdão da licenciosidade poética, sobre a mesma mulher. A história é baseada em acontecimentos reais.
Em Eu Tu, Eles, as cenas da entrega sofrida do filho primogênito, da esperança de que o filho negro clareie, do surpreendente final (que não vale a pena revelar) e da pungente conversa dos homens mais velhos aceitando a parceria do mais jovem, todas retratam a simplicidade e inteligência usada para contornar obstáculos e tomar decisões criativas num cenário inóspito.
Vendo os set's de Eu, Tu, Eles temos a impressão de ser quase uma neo-pornochanchada em forma de Literatura Regionalista. Nas preliminares temos a festa de casamento que nos remete à dança do forró, refletindo uma alegria e ternura a uma condição aparentemente opressora. O filme fala sobre a gentileza e a tolerância e, é o que comentaremos sobre a vida psicológica e física dos personagens.
A pobreza não está se referindo apenas ao vazio da vida, é também utilizada em sentido literal já que o filme passa uma realidade de extrema penúria (em certo momento, ao ver um antigo vizinho construindo uma humilde casa de pau-a-pique, Darlene comenta com admiração: — Enricou, hein?
Como seria de se esperar, a miséria dos personagens é ainda mais realçada pela terrível seca que abala o interior nordestino (ao longo da trama, presenciamos a transformação de um açude em um simples laguinho), é neste mundo tragicamente real que vive Darlene, a protagonista da história, mãe solteira de um garoto de três anos.
Certo dia, ela recebe a visita do vizinho Osias – (antagonista) - bem mais velho do que ela. Fruto de uma sociedade machista, ele vai direto ao ponto e oferece sua casa em troca da mão de Darlene: “De minha parte o acordo tá feito”, ele diz. Sem maiores perspectivas (ou nenhuma), ela aceita a proposta sem delírios de amor, para ela, não existe o sonho de um ‘príncipe encantado’, mas sim a necessidade de sobreviver de maneira menos desesperadora possível.
O que vemos em seguida é o triste cotidiano de uma típica ‘sobrevivente da seca’: ela trabalha o dia inteiro como boia-fria para ganhar míseros 3 ou 4 reais – que são imediatamente entregues ao marido, que passa todo o seu tempo deitado em uma rede, fiscalizando sua criação de cabras. No entanto, não se pode dizer que o filme é um drama, ele tem os seus momentos dramáticos, mas também possui uma grande carga cômica, levando o espectador às gargalhadas em vários momentos memoráveis.
 
Não podemos ficar indiferentes com as situações envolvendo Darlene (Regina Casé), Osias (Lima Duarte), Zezinho (Stênio Garcia) e Ciro (Luiz Carlos Vasconcelos).

A película é uma deslumbrante surpresa em termos de adequação musical, cujo ponto alto são as trilhas sonoras. As músicas interpretadas por Gilberto Gil nas cenas dos bailes de forró, dão um toque especial à película. O forró é um ritmo conhecido no Brasil, além disso, Gil tem uma voz maravilhosa.
 
A história ganha um novo alento com a chegada de Zezinho, o primo de Osias. Sensível, bondoso, ele ganha logo a atenção de Darlene, sempre tão desprezada, para uma mulher como ela, Zezinho é o que há de mais próximo da figura do ‘príncipe’. Tempos depois, Darlene dá a luz a uma criança parecidíssima com Zezinho. Osias, por sua vez, finge ignorar as evidências.
 
Mas por que Osias, teoricamente tão ‘machista’ permite que Darlene abrigue o amante e dois filhos bastardos sob seu teto? O filme nunca oferece uma explicação clara, mas não é difícil imaginar suas motivações. Antes de mais nada, Osias é extremamente interesseiro – e não podemos ignorar que Darlene traz um dinheiro extra com o suor de seu trabalho, enquanto Zezinho cozinha e arruma a casa sem reclamar. Além do mais, um conflito familiar arruinaria sua tranquila existência, que seria ainda mais prejudicada caso ele tivesse que assumir sua falta de autoridade sobre a esposa. O mesmo raciocínio se aplica à chegada do terceiro marido de Darlene, Ciro (Luiz Carlos Vasconcelos). Desta vez, o ‘suborno’ é a comida comprada pelo rapaz.

Assim, de uma forma extremamente curiosa, os quatro estabelecem um interessante equilíbrio: Osias oferece a casa e, em troca, ganha empregado, comida, sustento. Já Zezinho, investe seu amor em Darlene com reverência e curiosidade quase adolescentes, enquanto esta, busca em cada um de seus ‘maridos’ a satisfação de algumas necessidades: autoridade em Osias, amizade em Zezinho e sexo em Ciro.
 
Como se não bastasse a complexidade desta atípica dinâmica familiar, a roteirista Elena Soàrez ainda nos brinda com diálogos inteligentes e repletos de humor. E se algumas risadas vêm da crueldade simples do povo, sempre ácido e certeiro em seus comentários: ‘isso é da raça de Raquel: dá filho, não!'. Outras cenas memoráveis nascem da simples interação entre os personagens. Não podemos deixar de destacar as duas cenas em que Zezinho faz a barba de Osias; autênticas e divertidas, elas trazem os personagens em seus melhores momentos, e a frase: ‘a casa é minha’ dita por Lima Duarte, quase se transforma em bordão do filme.

Além da fotografia de Breno Silveira, e da soberba trilha sonora de Gilberto Gil, Eu, Tu, Eles ainda traz atuações realmente inesquecíveis de todo o elenco – em especial de Stênio Garcia, Lima Duarte e Regina Casé. É claro que todos se esquecem do sotaque nordestino em vários momentos, mas isso em nada compromete o resultado final. O fato é que estes personagens tornam-se tão vivos ao longo das quase duas horas de projeção que realmente passamos a nos importar menos com eles (sim, até mesmo com o rabugento Osias).

Não poderíamos deixar de mencionar a imagem mais evocativa do filme: estamos falando do momento em que Lima Duarte se apoia em um dos galhos da magnífica (apesar de seca) árvore existente em seu quintal. A simples figura de Osias encostado no galho representa, de maneira gráfica, os sentimentos inspirados pelo filme; poderíamos imaginar Darlene como a árvore ressequida por uma vida de tristezas (mas sempre pronta a regenerar-se). Neste quadro, seus galhos são seus filhos e maridos – um dos quais, Osias, até procura se afastar, mas em vão, porque sem o tronco, o galho morreria.

Ora, toda aplicação estética deve refletir não somente uma visão de cinema, mas essencialmente uma visão de mundo, e é exatamente nesse ponto que Waddington acerta e muito apostando numa fotografia digamos publicitária. A diferença é que Waddington não está buscando um resgate ao cinema novo. É claro que no filme perpassa um problema social: a mulher trabalha na lavoura; o rádio de Lima Duarte é uma forma de alienação. Mas toda força do filme está em seu aberto humanismo; seu objetivo está menos em falar da região ou de um conflito social, mas falar do Homem, de suas limitações e de suas possibilidades.

Nesses tempos de globalização em que a identidade nacional corre perigo é reconfortante ver um filme retratar a parcela mais sofrida da população num contexto regional e nacional tipicamente brasileiros e mais, ver o tratamento de tais temas e contextos por pessoas muito bem situadas no espectro social.

O cenário construído no filme é distinto. Em Eu tu eles temos o céu azul e os tons pastéis, ou seja, há o sofrimento mas este é aceitável, a nossos olhos e para os que o sofrem. Assim, podemos avaliar como o cenário do Nordeste ainda está presente nas produções brasileiras, mas com uma roupagem nova.
 
No Nordeste, a luz é muito forte. Esta intenção de buscar um cenário violento e árido é reforçada pela retratação das estruturas sociais e a hostilidade da natureza nordestina, marcada pelo subdesenvolvimento, tanto pelas relações sociais extremamente violentas exploradas quanto pela presença imponente da natureza hostil sertaneja enfatizada.

O contexto histórico espacial nordestino do final do século XIX a meados do século XX retrata a problemática do cangaço, o fanatismo religioso e as migrações sertanejas, estes, sempre foram objeto de representação na arte brasileira. No cinema o tema nunca foi posto de lado, como acabou acontecendo com as outras manifestações artísticas, esse contexto histórico espacial passou a ser um fato recorrente.
 
Talvez por isso seja mais fácil consumir um Nordeste com céu azul e nuvens brancas que suavizam a situação vivida pelos flagelados da seca de Eu tu eles. Esta pode ser uma boa explicação para gostarmos e aceitarmos a situação vivida pela personagem Darlene e até mesmo exclamar: — Aquele povo é pobre, mas é feliz!. Pode-se presumir que filmes como Eu tu eles acabam por reforçar estereótipos.

Nesse aspecto o filme Eu tu eles preenche essas expectativas, já que não tem interesse em falar sobre um Nordeste que existe, mas um local idealizado, onde há o sofrimento, porém, amenizado.

Nesse sentido, a grande força de Eu, Tu, Eles é que ele intenciona uma humilde aproximação, que vem de uma realidade diferente, e não quer fazer um documentário sobre a situação no Nordeste. Ele apresenta a sua visão, a do carioca classe alta, daquela realidade, aparentemente tão diferente da sua. Apesar de possuir uma visão de fora para dentro, aquele mundo seduz o elemento externo O que se vê, portanto, é a ternura do cineasta em relação àquela realidade, mas sempre sabendo que sua visão é externa, e sem a pretensão de apresentar nenhum tipo de solução ou de julgamento moral.

Eu, Tu, Eles é um filme monossilábico. No entanto, uma simples frase resume o filme em suas escolhas estéticas quando Regina Casé diz a Stênio Garcia, quando sua parente morre:

— Ás vezes a beleza serve para diminuir a tristeza!

Frase linda e que revela uma ternura incomensurável, é um sutil comentário na expressão evidenciada no filme. Analisamos que a intenção é justamente mostrar a dignidade, a ternura e a gentileza que residem num mundo que aparentemente parece opressor. O textualismo semântico é nesse sentido um voto de fé, uma manifestação de esperança e de dignidade particularmente comoventes.
 
Eu, Tu, Eles opta por ser menos um registro daquela realidade do que uma sensibilidade de como pode existir pacificamente a tolerância e a dignidade nesse mundo. A fotografia, portanto, é mais que coerente, e não uma fraqueza, nem um desvio publicitário, mas só surge de uma observação arguta da beleza de um mundo, e de como o cineasta procura respeitar a beleza particular daquela realidade.
 
O segundo ponto é o tratamento do tempo. O maior indicador de como Andrucha respeita e ao mesmo admira essa realidade no tratamento do tempo. Ele nunca impõe um ritmo artificial à narrativa, mas permite que a partir de um trabalho com o tempo, aquela realidade possa ser melhor incorporada.

Logo no início do filme os planos-sequência são contrapostos a abruptos cortes temporais. Regina Casé se despede de sua mãe. Corte seco. Ela chega a outra cidade, na qual encontra Lima Duarte. O monossilábico diálogo entre os dois, a indecisão, são acentuados pelo diretor. Corte. Ele vai em direção dela e pergunta se aceita o casamento. Corte seco. Eles já estão na festa do casório.

A cena limite ocorre quando Stênio Garcia faz a barba de Lima Duarte. Num único plano, a conversa comum entre os dois homens é exposta sem pressa e sem grandes desenvolvimentos dramáticos, reforçando o ritmo particular da região.

A idéia de fragmento da realidade é levada até o final, sem grandes concessões. O final é inteligentemente em aberto, sem concluir de forma moralista ou promover conclusões precipitadas. O filme acaba, mas a história dos personagens obviamente continua...
 
O roteiro de ficção da mulher que acumulou três maridos sob o mesmo teto foi livremente inspirado numa história real. Os nomes fatos e acontecimentos nele descritos são, entretanto, ficcionais. A vida de Darlene com Osias, Zezinho e Ciro é a história de uma mulher que com astúcia e afeto molda a honra de 3 homens sertanejos de forma acomodá-los dignamente em seu espaçoso coração. E se chegou a isso, é porque para Darlene, casamento é para vida toda. De forma que, um novo amor não leva a uma troca de maridos, mas a um acúmulo deles. E é assim que até que a morte os separe, Darlene – a mais fiel das mulheres – segue vivendo com seus 3 maridos em algum lugar perdido no sertão.

Premiações:

Ganhou 4 prêmios no Grande Prêmio Cinema Brasil, nas seguintes categorias: Melhor Filme, Melhor Atriz (Regina Casé), Melhor Montagem e Melhor Fotografia. Foi ainda indicado em outras 6 categorias: Melhor Diretor, Melhor Ator (Stênio Garcia), Melhor Roteiro, Melhor Trilha Sonora, Melhor Direção de Arte e Melhor Lançamento.

Bibliografia:

Ficha técnica:

Título Original: Eu Tu Eles
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 104 minutos
Ano de Lançamento (Brasil): 2000
Estúdio: Conspiração Filmes
Distribuição: Columbia Pictures
Direção: Andrucha Waddington
Roteiro: Elena Soàrez
Música: Gilberto Gil
Direção de Fotografia: Breno Silveira
Desenho de Produção: Marcos França
Direção de Arte: Toni Vanzolini
Figurino: Cláudia Kopke
Edição: Vicente Kubrusly.







 
Aronedla
Enviado por Aronedla em 07/10/2014
Código do texto: T4990916
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