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MOBY DICK E outros papões
 


 
Li pela primeira vez este livro em 1982, depois vi o filme homónimo, datado de 1956 e realizado por John Houston.
Impressiva, a sua narrativa destaca a poderosa figura do capitão Ahab (Gregory Peck) na sua impiedosa perseguição à baleia branca que o havia ferido e desfigurado. Para o efeito consegue convencer a sua tripulação, inicialmente reticente, a ajudá-lo na sua demanda, seguindo o rasto do animal, implacável, até ao confronto final.
Embora seja um filme bem realizado e interpretado, o argumento dá novos contornos ao original de Herman Melville, onde a figura central é um cachalote enfurecido, que apesar de ferido consegue destruir os baleeiros que o perseguem. Outras diferenças constantes no original são, nomeadamente, o estilo de narração e sobretudo a orientação do texto, uma vez que o foco também é dado aos métodos de caça utilizados para as baleiras, a orgânica de funcionamento das embarcações e o armazenamento dos produtos extraídos desses animais.
Este é mais um título que explora o secular medo de monstros imaginários e de que a literatura e sobretudo o cinema são tão férteis.
 
Para além de Moby Dick, certamente que os mais conhecidos são Godzilla, King-Kong e Tubarão, os quais inclusive contaram com vários e lucrativos remakes:


Godzilla

Godzilla começou por ser idealizado no Japão. Chamava-se Gojira e era totalmente mecânico. Todos os filmes que lhe seguiram, até 1998, f0ram gravados recorrendo à técnica da marionete, incipiente e pouco crível. 
Nos filmes japoneses, Godzilla foi retratado como sendo um dinossauro com escamas cinzas e ásperas, uma poderosa cauda e várias placas ósseas dorsais. É quase sempre descrito como uma criatura
feroz e seus primeiros ataques no Japão têm ligações com o início da Era Atômica. Em particular, a mutação causada por radiação atômica é apresentada como uma explicação para seu grande tamanho e poderes estranhos.
Entre 1954 e 2014 foram produzidos 32 filmes baseados nesta figura ficcional. O último foi realizado nos EUA e fruto do apuro técnico – efeitos especiais criados por computador – teve uma boa aceitação por parte do público.
 

King-Kong

A história aborda a fábula da Bela e do Monstro que se deixa prender afetivamente pela personagem feminina.
O mais célebre e bem conseguido é sem dúvida a última versão, de Peter Jackson, realizado em 2005, onde Naomi Watts encarna de forma convincente a figura da bela loura por quem King Kong fica enamorado.
Um enorme exemplar de gorila é visto numa ilha isolada e então surge a ideia de o capturar, fazendo um filme e transportando-o depois até um local onde possa dar lucro através da sua exposição. Naomi é a atriz que fará parte do elenco do filme a realizar e onde a captura de King Kong seria focada.
Especial destaque para os efeitos especiais, onde avultam as cenas de luta entre King-Kong e animais pré-históricos de grande porte, num ambiente muito bem recriado, e o epílogo, onde o enorme gorila é abatido no alto do Empire State Building, em Nova Iorque, segurando na enorme mão a sua amada, que apesar de ferido consegue deixar em segurança no topo desse edifício.


Tubarão

Talvez que o mais famoso de todos os filmes sobre animais, explorando o seu efeito aterrorizador, seja o Tubarão, rodado a partir do livro homónimo de Peter Benchley, em parte porque é um animal que sempre amedrontou as pessoas, pelo menos os banhistas de algumas praias (o livro foi inspirado em ataques reais em New Jersey, em 1916).
É jogando com esse terror que Spielberg realizou em 1975 o primeiro filme (para mim o mais interessante, uma vez que os seguintes se limitam a repetir até à exaustão a mesma receita), cuidado em todos os aspetos, com bom ritmo de narrativa e algumas cenas que fazem suster a respiração. Destaca-se o elenco seguro e de qualidade, onde avulta Roy Scheider e Richard Dreyfuss, um argumento que provoca a necessária reflexão focando quer o conflito de interesses gerado pelos interesses em jogo na zona balnear onde os acontecimentos têm lugar, quer o medo causado pelo tubarão, tudo se conjuga para tornar este filme num clássico.
Entre 1975 e 2014 foram produzidos mais de quarenta filmes focando a figura do tubarão ou variantes. No entanto, a maioria é de baixa qualidade, alguns deles com personagens totalmente inverosímeis.
Em qualquer dos casos relatados, os animais são apresentados como gigantescos, de proporções exageradas e sendo a perfeita encarnação do mal, onde a ficção ultrapassa largamente a realidade e algum medo é incutido nos espectadores.
 

 
Fontes de informação: Conhecimento pessoal, Wikipédia, Internet Movie Database, Youtube.





 
 
Ferreira Estêvão
Enviado por Ferreira Estêvão em 18/09/2016
Reeditado em 20/09/2016
Código do texto: T5764825
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