KOBATO episódio 4: a anja

KOBATO EPISÓDIO 4: A ANJA
Miguel Carqueija


No seu afã de ajudar as pessoas, curando feridas de seus corações, Kobato trava conhecimento com Kohaku, uma estranha jovem a quem Ioryogi conhecia de nome. Ele explica a Kobato que, com ela, não era necessário fingir. Kohaku era “do céu” e já ouvira falar em Ioryogi (não esqueçam o que foi explicado nas resenhas anteriores do seriado, isto é, que Ioryogi é um ser do mundo de fantasia que, por grave falta cometida, foi punido com a redução à forma de um cachorrinho de pelúcia, que na Terra não deve ser visto falando e se movendo). Curiosamente, mesmo sendo um anjo, ela estava vivendo na Terra e casara-se com um médico, o Dr. Suichiro. Kohaku tinha poderes sobre a natureza, sabendo produzir orvalho, e transmitia uma grande serenidade. Kobato gosta dela de saída, mas percebe que Kohaku não conseguia muito tempo para ficar com seu amado: embora gentil e apaixonado, Suichiro era muito ocupado como médico. E Kohaku deixa escapar em como gostaria de ir com ele ao parque de diversões, à roda gigante... basta isso para que Kobato agora se empenhe em conseguir essa oportunidade para o casal. Afinal, sua missão na Terra é tornar as pessoas felizes, curando as feridas de seus corações...


Resenha do episódio 4 – Quando as folhas verdes florescem – do seriado japonês de animação “Kobato” (Estúdio Madhouse, 2010). Criação da CLAMP (Ageha Ohkawa, Mokona Apapa, Tsubaki Nekoi e Satsuki Igarashi). Kobato dublada por Kana Anazawa.

“As flores estão brilhando com o orvalho da manhã.”
(Kobato)

“Você pode descobrir tantas coisas somente acordando mais cedo que o normal.”
(Kobato)


O fascínio deste seriado de animação repousa em grande parte na extrema ingenuidade de Kobato, o que a torna uma figura doce mas patética, além do fato dela ignorar as coisas mais banais da vida. Para ela, tornar uma pessoa feliz é questão de um detalhezinho. Agora, no seu afã de tornar feliz o casal Kohaku-Suichiro (sem atentar que eles já são felizes em seu amor) Kobato consegue um cupom para concorrer a um prêmio do parque, isto é o ingresso para duas pessoas. Mas só consegue o quinto prêmio, nada menos que um jacaré de pelúcia (sic). A pobrezinha é obrigada a sair pela rua carregando aquele troço grande e verde nas costas, como se fosse um bacalhau daquela figura na embalagem do óleo de fígado, e ainda escutar o sarcasmo de Ioryogi: “Nada pode ser mais inútil que isso”. Mas sua persistência é tão grande que ela acaba descobrindo que Fujimoto está com dois ingressos e consegue convencê-lo a trocar pelo jacaré. E assim ela mais uma vez exercerá a sua bondade, pois os ingressos obtidos com tanta boa vontade levam Suichiro a dizer que gostava muito de roda gigante. E arranja um tempo para ir lá com a esposa. Kobato nem se liga que eles não precisavam receber ingressos de presente, teriam dinheiro para comprar. Tudo o que ela quer é ver as pessoas felizes...

Rio de Janeiro, 19 de janeiro de 2017



IMAGEM DA CAPA DO MANGÁ DA JBC (VOLUME 1
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