Pirataria cósmica

PIRATARIA CÓSMICA
Miguel Carqueija

“A Esfinge Negra” – Nova Coleção Fantástica n° 2, janeiro de 2003. Prefácio e capa de Cesar Silva (Cerito). Edições Hiperespaço (São Bernardo do Campo – SP). Reedição em formato digital pelo Recanto das Letras, fevereiro de 2014, com prefácio e posfácio de Shirleyde Fernandes da Mota.

A idéia de que heróis também carregam suas fragilidades é muito recorrente em mangás e animês. Como heroína poderosa ou super-heroína, a Esfinge Negra (Regina Siljan), mesmo sendo a novela uma moderna “space opera”, lembra muito esses exemplos japoneses.
A história se passa num distante futuro, de complexa estrutura política. A humanidade se espalhou pela Via Láctea e estabeleceu contatos com outras raças. A violência e a corrupção continuam campeando, e um terrível pirata cósmico criou um grande império interestelar onde exerce seu poder despótico. Contra esse poder incomensurável levanta-se uma mulher que se fez pirata para combater o mal. Regina é uma guerreira traumatizada pelo assassinato de seus pais e pela violência sexual que lhe fôra in fligida pelo pirata Nestomar, quando ela tinha treze anos. Agora Nestomar é um chefe de estado; mas Regina, confiando na arma sobrenatural (o “turbilhão de cores”) que um ser misterioso lhe deu de presente, estabelece a sua cruzada vingativa. Mas a guerra que sustenta há vários anos contra seu inimigo mortal abala a sua estrutura psicológica: o que ela persegue, a justiça ou a vingança? Estará se deixando destruir pelo ódio?
Mas a trama não é só dramática. Existe a pitoresca figura de Rufus King, um sujeito de aparência “normal” (verde, com bolinhas azuis); o embaraço do repórter Adriano, chamado para agir vestido com um pijama de ursinhos; ou os curiosos nomes da culinária do futuro. E também há toques de romantismo.
A história não foge de uma recorrência muito comum: o clímax atingido no confronto entre a heroína e o vilão.

Rio de Janeiro, 20 e 21 de abril de 2010.


Nota: para aumentar a divulgação desta minha novela, fiz esta sinopse.