Steve Heslin – Capítulo 24

   Me perguntava sobre o que fazer, o que procurar para o meu futuro e por algumas horas as únicas coisas que fiz foram tocar piano e caminhar sobre a varanda, eram tantas dúvidas que eu mal sabia o que decidir.
   Então pensei em uma oportunidade, por que não investir em mim mesmo? Fazer alguns cursos de piano e quem sabe sair por ai tocando para outras pessoas? Parecia a ideia mais idiota do mundo mas era a única que me fazia sorrir de verdade.
   Liguei para Hallie dois dias depois:
-Oi, o que acha de eu fazer alguns cursos de piano?
-Oi amor, seria uma boa ideia, mas você não encontrou nenhum emprego ainda?
-Não, na verdade pouco procurei, desculpe eu não sirvo pra isso.
-Serve! Steve, você tem que se acalmar e ter paciência, acho uma ótima ideia você investir no que gosta mas precisa encontrar algo que possa fazer que lhe de dinheiro, sei que você não precisa agora mas é melhor começar a conseguir se virar sozinho do que só depender do dinheiro que seu tio deixo.
   Pensei muito sobre isso, e realmente era errado querer investir um dinheiro que apenas é meu por causa da herança.
   Henry e Will apareceram na minha casa no sábado de manhã com uma ideia um tanto quanto maluca.
-Steve o que acha de irmos para Saint Paul? – perguntou Will
-Você está brincando comigo? – perguntei.
-Não Steve nós poderíamos ir. – Atravessou Henry.
-É loucura. – falei.
-Você já fez uma loucura por mim. – respondeu Will.
-Mas como nós vamos? Não tenho carro, nem você Will. –respondi.
-Mas eu tenho respondeu Henry.
-Você o que? – perguntei.
-Bem é dos meus pais, mas meu pai se acidentou no trabalho a alguns meses e não pode mais mexer a perna direita e como minha mãe não sabe dirigir a única pessoa da casa que tem condições sou eu, claro que um de vocês terá que dirigir por que não tenho habilitação.
-Okay – respondi. – Vou ligar para Hallie e avisar que estamos indo.
-Não! Não estrague  a surpresa! – retrucou Will.
-Tudo bem, quando vamos? – perguntei.
-Agora! – Henry responde.
-Calma Henry, Steve mal acordo, são duzentas e cinquenta milhas levaremos quatro horas e meia aproximadamente, então podemos sair em uma hora o que acham?
-Tudo bem por mim. – falei.
   Enquanto arrumava duas blusas, uma calça outro tênis e minha jaqueta preferida pensei em mandar uma mensagem para Hallie mas lembrei do que Will disse que estragaria a surpresa, mesmo assim lhe mandei uma mensagem “Como você seria surpreendida?”
   Esperei na varanda até que Henry e Will chegassem e não demorou muito, chaveei a casa e então fomos todos na direção de Saint Paul.
   Hallie respondeu a mensagem. “Eu não sei, gosto de surpresas culinárias”. Uma hora depois já havíamos passado por Bemidji e chegando ao centro de Minnesota, ouvindo o pen-drive das músicas do Black Sabbath, de Will.
   Will me pediu para dirigir um pouco afinal já estávamos na metade do caminho, e logo chegamos a Saint Cloud onde paramos para abastecer e comer em um restaurante.
   Mais uma hora e meia e finalmente “Saint Paul” na placa da rodovia, então Will decidiu então tirar seu pen-drive e começamos a escutar a rádio local, paramos em um parque perto da universidade, foi quando liguei para Hallie:
-Estou aqui! – falei alto.
-Aqui? Aqui onde? Você está bem? – ela perguntou.
-Estou em Saint Paul a alguns metros de você, Will deu a ideia da surpresa e Henry veio junto conosco.
-Henry? Ah, o garoto que mora no final da sua rua.
-Eu não sei se posso sair do Campus hoje, vou te ligar mais tarde assim que almoçar. Beijo.
-Beijo.
Johan Henryque
Enviado por Johan Henryque em 15/08/2014
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