Steve Heslin - Capítulo 25
 
   Há algumas coisas legais para se fazer em Saint Paul, como se sentar no banco da praça e admirar as pessoas por ali, caminhando, correndo, brincando ou até mesmo nem ligando para o mundo à sua volta.
   Will se aproximava com duas sacolas em sua mão em uma claramente eu via um refrigerante e alguns copos plásticos e na outra possivelmente eram biscoitos ou outras besteiras para comermos enquanto eu aguardava outro contato de Hallie.
   Henry atacou o primeiro pacote de salgadinho que Will tirou da sacola, era muito compreensível, pois tínhamos viajado por um grande período de tempo sem comer nada no caminho. Assim que ambos sentaram ao meu lado aproveitei para pegar o pacote de biscoitos que ainda estava na sacola.
-Deixe algumas para mim. - Will falou de boca cheia.
-Tudo bem, não estou com muita fome. - respondi.
   E realmente não estava, comi algumas bolachas com alguns goles daquele refrigerante de limão e logo me sentia satisfeito. Enquanto isso Will já havia devorado seu salgadinho e terminava os biscoitos que deixei para ele. 
-Steve! - escutei alguém me chamar, o som ia se aproximando aos poucos. - Steve!
-Hallie! Pensei que iria me ligar quando saísse. Ah, oi. - falei para a garota que acompanhava Hallie.
-Bom você quis incluir "surpresa" no dia então pensei em te surpreender e não avisar que estava vindo, bom essa é Lilian, ela é de Dakota.
-Muito prazer Lilian. - se atravessou Will antes que eu falasse algo.
-Tudo bem? - perguntei à Hallie enquanto Will já puxava papo com Lilian e Henry ficava olhando para o nada fingindo que aquilo não era constrangedor.
   Decidimos então andar pela cidade, Will dirigiu, enquanto Lilian sentou ao seu lado. Eu, Hallie e Henry ficamos no banco de trás. Fiquei muito tempo abraçado com ela saudade daquele cheiro gostoso que ela tinha.
   Saint Paul é muito fria, não deixando de ser linda claro, mas inversamente proporcionalmente congelante. Coloquei dois casacos que havia levado na viagem e mesmo assim estava com frio, paramos primeiro em um parque, onde acabamos fotografando uma senhora passeando por lá, para registrar a viagem.

 
   
 
   













   Encontramos um restaurante pouco tempo depois, a comida era ótima, Will e seu papo com Lilian. Eu, Hallie e Henry tentamos conversar.
-Então Henry como vai seu pai? - Hallie perguntou.
-Ele está melhorando, acho que em alguns meses ele vai voltar a andar.
-Que ótimo. - falei.
-É muito bom saber disso, mesmo assim ainda o vejo triste por não poder fazer quase nada. 
-Ele não gosta de ler? - perguntei.
-Gosta.
-Ótima ideia Steve, você podia emprestar alguns dos livros que seu tio tinha para que o pai de Henry passe mais tempo pensando em outras coisas além do trabalho.
-Sim, farei isso. - respondi.
   Pensei comigo mesmo naquele momento "Como esse dinheiro chegou em uma hora tão boa". Eu não sabia o que fazer da vida, não sabia nem o que faria no dia seguinte mas estar naquele restaunte só me dava uma certeza.
-Vamos construir um restaunte! - falei alto.
-O quê? - falou Will. - nós já estamos em um restaurante Steve, você não está vendo? - prosseguiu.
-O que você quer dizer com isso Steve? - Hallie olhou no fundo dos meus olhos enquanto perguntava.
-Eu e você, juntos. Podemos fazer isso, podemos fazer um restaurante, com decorações, iluminação, arranjos, peças históricas, tudo que for deixar o lugar mais aconchegante e interessante para os nossos clientes. 
-Will, mas Bagley é minúscula. 
-Eu sei, mas podemos pensar em alguma coisa. Sei que vamos conseguir.

 
Johan Henryque
Enviado por Johan Henryque em 20/08/2014
Reeditado em 20/08/2014
Código do texto: T4930534
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