O Mercador de Veneza (William Shakespeare)

Bassânio está interessado em Pórcia, uma rica herdeira, que ficou com o casamento à mercê da forma que seu falecido pai decidiu: por escrínios (cofrezinhos estofados, para guardar jóias) de chumbo, prata e ouro, cada qual com uma inscrição. Seus pretendentes tinham que escolher apenas um, o qual deveria conter uma foto de Pórcia para ser concedido o direito de casar-se com ela.

"Quem me escolher, deve dar e arriscar tudo que tem." escrínio de chumbo.

"Quem me escolher, conseguirá aquilo que merecer.” escrínio de prata.

Quem me escolher ganhará o que muitos homens desejam.” escrínio de ouro.

Contudo, para viajar de Veneza à Belmonte (onde se localiza a casa da donzela), Bassânio precisaria de dinheiro e recorre a seu grande amigo Antônio – mercador de Veneza – pedindo-lhe ajuda. O mesmo possuía galeões a caminho de descarregarem e logo teria mais que o suficiente para pagar a dívida. Considerando a grande amizade, o mercador resolve pedir três mil ducados para seu inimigo Shylock (um rico judeu), e o empréstimo é concedido à Bassânio.

"É a ti, Antônio, a quem mais devo em dinheiro e em amizade, e com tua amizade conto para execução dos projetos e dos planos que me permitirão desembaraçar-me de todas as minhas dívidas."

Antônio fica como fiador e com um caução que pode custar sua vida: uma libra exata da carne de qualquer parte do seu corpo.

"Vamos; nada poderá acontecer de desagradável. Meus navios voltarão um mês antes do dia combinado."

Enquanto Bassânio não chega à Belmonte, Pórcia continua recebendo pretendentes, na esperança de que nenhum deles escolha o escrínio que concede o casamento. Tudo acontece sucessivamente, e assim que ele chega à Belmonte, fala com Pórcia, escolhe o correto e deve casar com ela. Aproveitando além da viagem o momento, seu amigo Graciano pede em casamento a camareira de Pórcia, Nerissa. Ao trocarem os pedidos chega uma carta de Veneza dizendo que Antônio está prestes a perder a libra de carne de seu corpo, pois as embarcações não tiveram sucesso, assim a dívida não foi paga, e haveria o julgamento em breve.

Eles casam-se, e logo Bassânio e Graciano vão à Veneza ajudar Antônio, enquanto Pórcia e Nerissa planejam resolver tal situação. Jessica, a filha do judeu Shylock, fugiu de Veneza com seu amor Lourenço e esses ficam cuidando da casa de Pórcia enquanto ela e a camareira ajudam seus maridos e o amigo deles. Lá se encontram vestidas como rapazes e salvam Antônio pelas especificações, e falta delas, presente no contrato feito entre ele e Shylock.

"Felizmente o amor é cego e os amantes não podem ver as encantadoras loucuras que eles próprios comentem; se pudessem, até Cupido coraria, vendo-me assim transformada em rapaz." Jessica

A linguagem é bastante formal, mas não difícil de ser realizada por conta da história não possuir muita demora em apenas uma cena; no início há escrito o local de cada uma, e não há tantas cenas. Por conta disso a leitura pode se tornar cansativa e difícil devido a linguagem utilizada, não a extensão, para quem não tem muito contato com palavras mais formais que as usadas diariamente. O livro "O Mercador de Veneza" da editora Martin Claret ainda traz um texto complementar sobre Shakespeare no fim e uma lista com os personagens no início. São cinco atos, cada qual com duas, cinco, ou até nove cenas, dependendo do tamanho de cada uma, sendo a do julgamento uma das maiores.

Ana P A
Enviado por Ana P A em 10/09/2014
Código do texto: T4957197
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