A menina que não sabia ler (John Harding)

Simplesmente encantador e apaixonante... Se passa em 1891 e apresenta uma menina de doze anos, mas que é extremamente profunda, ativa, inteligente, desafiadora e independente. Percebi um lado seu de criança, como se tornasse tudo uma brincadeira, mas ao mesmo tempo possui certa maturidade, acredito que intensificada pelos livros que lê.

Chama-se Florence e é órfão junto ao seu irmão, Giles, sempre muito ligados desde mais novos. Quem "cuida" deles é seu tio, o qual praticamente não aparece onde eles moram e não sabe o estado de Blithe House, "uma mansão de pedra rústica com muitos cômodos", como é descrito no primeiro capítulo. Este, por ter sido abandonado pela amada porque ela começou a ler e estudar, proíbe a menina do acesso à biblioteca, logo, a proíbe de ter acesso a qualquer informação. Contudo, nada disso é suficiente e detêm ela: vai às escondidas à biblioteca, sempre com alguns imprevistos como perder a hora do jantar, do anoitecer e ficar horas e horas lá e sentirem sua falta. É um segredo que divide com o irmão.

Por enquanto, tirando os riscos, ela passava muito tempo lendo, até que chega a preceptora (srta. Whitaker), tornando mais difícil suas idas e tendo que controlar mais seus horários. Acontece algo com a preceptora... e passam um tempo sem uma substituta. Em meio a isso Giles vai para a escola; Florence conhece e começa uma amizade com seu vizinho Theo (considerando que são mansões, e os vizinhos são um tanto distantes). Com a chegada da nova preceptora, srta. Taylor, é quando começa o corre-corre da história. Ela envolve o menino Giles, já um pouco maior, mas ainda é o mais novo; porém, Florence consegue ver, e perceber coisas que ninguém mais percebe, começando até mesmo a duvidar de sua sanidade. A história prossegue com esses quatro (Florence, Giles, Taylor e Theo) e os outros personagens (os criados da mansão, a família de Theo...), até que chega ao final. Reservado para quem for ler o livro.

Obs: O título original é "Florence and Giles".