Para criar Caso com o Caso Schreber - Parte 2 Capítulo IV – “Beatitude”

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Quem se propuser a ler o texto de Schreber tem de saber que as Memórias são a ponta de iceberg de um texto maior retido em sua mente (portanto, agora perdido), variando o sentido de cada termo de acordo com o contexto que pretende trabalhar na transformação em palavras. Assim, o sentido de cada sentença deve ser obtido pela substituição por outros sentidos contidos no campo semântico que esteja enfocando. Não é um texto polissêmico no sentido usual do termo, as substituições devem ser feitas mais da forma de “errata: onde está escrito xxx leia-se yyy”. Se o leitor comum precisa saber disto, é condição necessária para que se faça uma análise do texto e um sine qua non se a leitura se objetiva a tecer comentários sobre a personalidade de Schreber. Fazer a leitura de as Memórias por compreensão imediata é encontrá-las novamente aapenas um disparate produzido por um doente mental, fazer a leitura procurando quais os sentidos teria Schreber emprestado aos termos é compreender o texto e compreender o autor. Não se está convidando ao leitor sair à procura de as Memórias para confirmar os pontos de vista expressos neste trabalho. O convite é para que se compreenda que a leitura por compreensão imediata, de texto ou da Realidade, apenas com os sentidos que se tem internalizados na mente, é uma atitude ainda egocentrada e leva a um sistema fechado, fechando o homem em um mundinho pequeno, o que sabe do Mundo, e a ninguém é dado saber tudo do Mundo / Realidade.

Este capítulo analisa os vários significados do termo “beatitude” e dos termos a ele relacionados na Cultura para se chegar aos significados que Schreber empresta ao termo em as Memórias.

Gilberto Profeta
Enviado por Gilberto Profeta em 04/04/2015
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