São poucos livros que predem a atenção do leitor como Doze, de Nick McDonell. De modo lúcido, o livro conta a história de jovens americanos (de New York) que têm uma vida repleta de drogas, sexo e violência. A maior parte dos personagens – completamente todos eles – é de família rica: enquanto os pais de cada um estão viajando, eles aproveitam a liberdade para fazer festas com tudo que eles quiserem.
Quando Nick McDonell pulicou o seu livro, ele tinha apenas 17 anos, fato que surpreende devido ao romance ter uma escrita de qualidade e um enredo coeso e coerente, embora seja sobre um assunto de difícil abordagem. O livro é divido em cinco partes e cada um fala sobre um dia diferente dos jovens personagens que faltam às aulas e não se dedicam as coisas boas da vida, apenas à coisas ruins como a droga.
O personagem principal – White Mike – é um típico jovem que quer curtir a vida. Embora não tivesse bebido, fumado ou usado droga, é ele quem é o principal vendedor de seu bairro. Por meio de uma narração simples e descritiva, Nick McDonell vai contando a história de modo alucinante, dando ao leitor desejo incessante de continuar a leitura.
Todo o romance não é mais nada do que a realidade de muitos jovens que acabam caindo nas drogas. O que não é o caso de White Mike por não ser usuário, mas apenas um vendedor. Isso nos faz pensar até que ponto alguém se submete a este tipo de serviço para subir na vida, mesmo que, de certo modo, errado. Questionamo-nos sobre as oportunidades que nos são oferecidas, mais para alguns e menos para outros.
Doze é um livro que vale a pena ser lido. Do início ao fim, a história é repleta de emoção e ação, principalmente no final quando há uma das cenas mais importantes.
Ricardo Miranda Filho
Enviado por Ricardo Miranda Filho em 06/05/2015
Reeditado em 06/05/2015
Código do texto: T5232458
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