O Tamanho do Céu


O que alguém, ou melhor, uma família feliz, completa, pode sentir, quando de repente algo, de terrível abala as emoções, o s sentimentos e estraçalha, alma, acaba com a vida. O que pode ser esse desastre, esse algo, que tem tamanho poder sobre a pessoas?
É o que Thrity Umrigar, nesse romance, O Tamanho do Céu, nos revela. Não tem muitas folhas, não; só 380. A tradução ficou a cargo de Paulo Andrade Lemos. Editado no Brasil em 2009, conforme as regras do Novo Acordo Ortográfico, pela Editora Nova Fronteira.
A autora do romance , Thrity Umrigar é jornalista trabalha para o jornal Washington Post, o Plain Dealer, o Boston Globe, além de outros jornais locais, PhD em inglês, leciona redação criativa e literatura na Case Western Reserve University. Escreveu outros livros também de sucesso como A Distância entre nós, A Doçura do Mundo, Um Lugar para Todos Ganhou o prêmio, importante, O Neiman Fellowship, na ìndia, e atualmente mora em Cleveland, Ohio.
Os personagens principais do seu romance, escrito em terceira pessoa, começa descrevendo
Ao acontecimentos vividos por um casal, Frank e Ellie após a morte misteriosa do filho. O luto foi traumático, pois eles não conseguiam se entender. O sentimento de culpa, de perda, a dor de perder o filho com sete anos de uma hora para outra estava impossível de superar.
Mas Ellie, uma psicóloga bem sucedida tenta ser compreensiva, tenta ajudar com amor o marido quando ela também sofria e de forma distante. E sofre. E cala. E ajuda. Sua humanidade para com o marido é imensa e parece não ser reconhecida. Mas era preciso sobreviver, pois todos os seres humanos passam por isso. E Ellie volta ao trabalho após quatro meses afastada.
Mas Frank recebe uma oferta de trabalho para a Índia. Era a oportunidade de recomeço longe da cosa onde ainda escutavam o riso do filho, suas correrias, seus gritos de espanto, de medo, ou de dor.
Assim que se acomodam na casa oferecida pela firma, Frank se depara com um garoto indiano Ramesh, de 8 anos, filho do caseiro e, com o qual se encanta e os conflitos reiniciam pois Ellie acha perigoso que o marido está fazendo. Não concorda. Franka dá aulas de matemática ao menino e descobre que ele é inteligente como seu filho era. Leva o menino para passear, paga-lhe cursos, escola melhor, compra-lhe roupas. O pais fica desconfiado. Não gosta.
Frank acaba se indispondo com o pai do menino. Começa a ter ódio do pai , pois o mesmo impede o menino de viajar com eles para os Estados Unidos no Natal. E Frank dá de presente a Ramesh um computador que o pai de raiva quebra.
Na fábrica, que explora um vegetal, para o combate à diabete, árvore da cultura local, fonte de sobrevivência dos nativos , mas que por conta do contrato era proibido à população colher folhas dessa ´arvore para vender. Muitos conflitos trabalhistas acontecem. Greves. Suicídios.
Frank quer o menino pra si. Entregou-se àquele menino que achava que era seu, que Prakash, o pai, devia sumir, desaparecer. Como ele não percebia que se o menino ficasse com eles, os pais, não teria chance de vencer, seria mais uma a viver da venda de folhas, medicinais. Os conflitos sócias, as diferenças sociais, a economia global são ingredientes a mais e muito bem explorados e inseridos na trama.
FranK, um homem bom, de hábitos honesto se deixa levar pelo sentimento de inveja, ciúme, de posse e, mesmo com muito boas intenções torna-se um assassino. O mandante do crime em que sua Ellie acaba morrendo no lugar de Prakash. E daí já está no fim do livro e a gente chora, com pena de todos os personagens.
Um livro que a gente não quer parar de ler. Recomendo. Assim como me foi recomendado.
MVA
Enviado por MVA em 10/07/2015
Reeditado em 10/07/2015
Código do texto: T5305778
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