O Senhor dos Ladrões

(Cornelia Funke)

367 páginas

Editora: A página

Poucas pessoas tendem a lembrar da infância. Crescem, e acabam esquecendo o papel dessa fase primordial. Agora, imagine poder voltar nesse tempo - até então esquecido.

"O retorno ao mundo da inocência e da descoberta", torna-se possível graças às palavras de Cornelia Funke: uma oportunidade de voltar à infância. O enredo "gira" em torno de variados personagens. Os principais, são: Bo, Próspero e o antagonista Victor Getz. Essas duas personagens, Bo e próspero, fogem para Veneza numa tentativa desesperada de serem livres. Porque a tia deles pretende adotar Bo, seu irmão, e colocar Próspero em um orfanato. A escolha da cidade Veneza como ponto de fuga, decorre das histórias contadas pela então falecida mãe, que contava muitas coisas em relação à cidade. Com a fuga desses dois, a tia contrata Victor Getz, detetive, para tentar encontrá-los. Mas, as duas personagens conseguem encontrar aliados: Mosca, um garoto de pele negra, alto, forte; Vespa, uma menina de cabelos cacheados que adora livros; Riccio, um garoto que tem um sorriso não muito agradável; e Scipio, considerado por muitos como "O Senhor dos Ladrões" - um personagem que guarda um mistério incrível.

A história desenrola-se tendo como ponto central isso: Bo e Próspero tentando fugir, constantemente, de Victor. Mas uma coisa alterará essa luta de gato e rato (nesse caso, de gato e ratos): quando o Senhor dos Ladrões recebe uma proposta, de um Conde misterioso, que lhe oferece um trabalho: invadir uma casa e roubar uma asa de madeira. Este roubo, revelará a real magica que as letras possuem.

Como é de costume, os livros escritos por Cornelia Funke são prazerosos de ler. Uma narrativa gostosa. Em relação ao desenvolvimento da história, pode-se exteriorizar o cerne de toda obra: passar uma mensagem, uma reflexão. Todos nós, quando criança, tendemos a acreditar que ser adulto tem alguma relação com "Ser livre". Porém, quando crescemos, vemos o mundo como ele realmente é; queremos voltar à fase da infância: imagine poder voltar (...)