Saneamento basico

Resenha Crítica

Alunos: Ericson William Richard Alvarenga Silva

Fernando Alves dos Santos Junior

Juliana de Souza Caetano

Karizia Cristina dos Santos Borges

Nayrana Silva Vaz Galdino

Cavinatto, Vilma Maria. Saneamento básico. Editora moderna. 87 páginas.

Vilma Maria Cavinatto Rivero, bióloga, pós-graduada em ecologia e docente do curso de engenharia sanitária, atua há aproximadamente trinta anos em consultoria ambiental. Como coordenadora de projetos, trabalhor em licenciamento ambiental (EIA/RIMA) de empreendimentos diversificados em várias regiões do Brasil, entre os quais: hidrelétricas, terminais portuários, mineração, termelétricas, rodovias e ferrovias, postos e oficinas, empreendimentos urbanos e rurais, sistemas de resíduos sólidos, de abastecimento de água e de esgotamento sanitário. Coordenou inúmeros projetos voltados a recursos hídricos, qualidade da água e biota aquática, com consultoria à ONU/PNUD, e participação de projetos internacionais. É autora de livros paradidáticos sobre saneamento e meio ambiente voltados à educação ambiental. A partir de 2000, como sócia diretora da empresa Econsult Estudos Ambientais Ltda, presta serviços de consultoria em projetos planejamento, licenciamento e programas de monitoramento ambiental.

O meio ambiente onde vivemos está repleto de microrganismos causadores de doenças como verminoses, hepatite, cólera, micoses de pele. A função de combater, controlar ou prevenir a nossa saúde contra essas enfermidades provocadas pelos microrganismos e nos garantir uma vida mais saudável é do saneamento básico.

Os antigos denominavam essas doenças como “castigo de deuses”, mas em meados do século XVIII, Louis Pasteur, pesquisador Francês muito importante, provou que essas doenças eram causadas por minúsculos seres vivos chamados microrganismo, através de um microscópio.

Essa descoberta, além de abrir horizontes na medicina, não surgiu muito efeito contra a prevenção de doenças, como por exemplo, o cólera transmitido pela falta de higiene em alimentos contaminados e pela ingestão de água impura.

Os microrganismos, conhecidos como micróbios, são existentes por todo o meio ambiente, alguns porém, são de muita importância para a natureza como para o organismo animal. Não obstante, alguns micróbios são parasitas, ou seja, dependem de outro organismo para viverem que por sua vez, esse organismo recebe o nome de hospedeiro. Sua ação de entrar e se alojarem nos órgãos é rapidamente combatida pelos anticorpos, que são os organismos de defesa do hospedeiro.

O ser humano possui um organismo de defesa chamado fagócito, capaz de envolver e digerir substâncias e microrganismos invasores. Quando os fagócitos são insuficientes, nosso organismo se enfraquece e os parasitas conseguem se instalar, causando as doenças e provocando sintomas como dores, mal-estar, fraqueza, tonturas, febre e outros fatores. Os parasitas que mais agem no ser humano são: Os vírus, as bactérias, os protozoários e os vermes.

Os parasitas encontram dentro do organismo hospedeiro, um local perfeito para se multiplicarem, após isso são expelidos ao meio ambiente através de urina, fezes e catarro, oferecendo um maior risco à população que passa por esses lugares contaminados, trazendo um risco maior de contrair uma doença. Ratos, baratos e outros insetos também ajudam esses parasitas a chegarem em nossas residências por meio de viverem em locais contaminados e depois entrarem dentro de nossas casas.

A ingestão de água não potável e o ato de nos alimentarmos sem a higiene devida, pode nos trazer sérias complicações na saúde. A dengue, por exemplo, é causada por um mosquito que bota seus ovos em água, limpa ou suja, parada, proliferando cada vez mais esse inseto.

Esses parasitas gostam de viver em meios às imundícias, para conseguirmos combater essas pragas, devemos seguir à rédea, os métodos de saneamento básico que descreveremos nessa resenha. Saneamento básico significa ter higiene e limpeza, para podermos melhorar nosso desempenho na luta contra os micróbios presentes no ar, na água e na terra.

Na idade antiga, quando iniciou-se o desmatamento e a agricultura, prejudicou muito a qualidade da água, do solo e etc. Os lixos se acumulavam e causavam proliferação de ratos, insetos e a poluição dos rios, fazendo gerar as epidemias.

Com o aumento da população e maior necessidade de água, os povos antigos desenvolveram muitos projetos como por exemplo, métodos de perfuração de poços, sistemas de canalização de água para irrigação, aquedutos destinados ao transporte da água que abasteciam dezenas de termas, supriam lagos e fontes artificiais, construíram também redes de esgoto e canalização.

Nesta época, não existiam sanitários, as pessoas faziam suas necessidades no solo, ao ar livre. E quando chovia, as fezes eram deslocadas pelas enxurradas, para os rios e lagos, contaminando-os com os micróbios ali existentes.

Na idade média, os problemas aumentaram com o início da Revolução Industrial, aonde aconteceu um aumento populacional nas metrópoles gerada pela oferta de emprego, muitas pessoas saíram da região rural e se mudaram para os centros urbanos, isso causou uma superlotação nas casas. Os detritos eram acumulados em recipientes e transferidos mensalmente para reservatórios públicos. Esse período foi marcado com grande epidemia pois os serviços de saneamento básico dessa época, não conseguia acompanhar essa evolução.

Diante disso o governo começou a investir em pesquisas, descobriram o processo de contaminação da água realizando uma reforma sanitária em seguida para remover as fezes e detritos e instalar um processo de descarga que transporta esses resíduos para locais propícios, permitindo assim que as fontes contaminadas, voltassem a serem potáveis novamente.

No Brasil, antes da vinda dos portugueses, os indígenas tinham um ótimo estado de saúde, a responsabilidade de aparecer doenças variadas foi de pura responsabilidade dos africanos e portugueses.

Em 1903, Oswaldo Cruz, iniciou um luta para erradicar as epidemias, fazendo desinfecções em casarões, ruas, terrenos baldios para eliminar os criadouros de insetos. Em 1930, todas as cidades já possuíam sistema de distribuição de água, coleta de esgoto e rede de canais de drenagem. Em 1973 criou-se o plano nacional de incentivo as obras de saneamento básico e a 4 anos mais tarde, o país adotou uma politica nacional de meio ambiente, criando leis severas para evitar a deteriorização de recursos naturais.

Aproximadamente 70% de nosso organismo é formado por água, e sua função é de conduzir substâncias pelo corpo, manter a temperatura corporal constante e eliminar substâncias não utilizadas através da urina, suor e fezes.

Necessitamos ingerir água potável, que não apresenta elementos nocivos à nossa saúde, sendo que esses elementos podem ser substâncias químicas ou biológicas.

As substâncias químicas, por sua vez, mudam o aspecto da água, alterando sua cor, seu cheiro e seu sabor. Praticamente toda forma de poluir a água com produtos químicos e resultado da atividade industrial, dos agricultores e dos garimpeiros.

Porventura, água límpida e sem sabor não é critério para estar potável, pois também existe as substâncias biológicas, ou organismos patogênicos, que são vistos apenas com ajuda de um microscópio.

“Somente por meio de exames realizados em laboratórios é possível assegurar a qualidade da água” diz a autora desse livro, Vilma Maria Cavinatto Rivero, é a partir desse pressuposto que são encontradas ou não, amostras de microrganismos chamados coliformes fecais.

Coliformes são bactérias atuantes no intestino de animais que possuem o sangue quente. A mais comum dessas bactérias recebe o nome de Escherichia Cole. Porém, não é todo coliforme que traz malefícios à saúde, alguns fazem parte da flora intestinal, ajudando na digestão de alimentos. Entretanto, após uma analise laboratorial, se for comprovada a presença de coliformes nos alimentos, não podem serem oferecidos à população, podem causar infecções intestinais e urinarias, como diz um provérbio: É melhor prevenir do que remediar.

O planeta Terra é formado por aproximadamente 30% por continentes e 70% por água, sendo que, dessa quantidade de água, a maior parte dela é imprópria para o uso doméstico, por se tratar de água salgada.

As geleiras são água doce, mas se localizam muito distante dos locais de tratamento de água, impossibilitando o seu uso doméstico, nossa única forma de encontrar água que pode ser tratada e ser potável é buscando nos rios, lagos e nos lençóis freáticos.

Utilizamos a água de varias formas: Para ingerir; produção de alimentos; uso doméstico; produção de energia; lazer; prática de esportes e atração turística.

Na água, abriga-se uma grande quantidade de seres vivos como peixes, crustáceos e microrganismos. Essas criaturas são aeróbias, necessitam de oxigênio que as algas produzem para sobreviverem.

Como fala no livro, a analista ambiental, Vilma Maria Cavinatto Rivero, “A poluição, ou o desequilíbrio ecológico responsável pelas alterações das condições naturais do meio em geral, é resultado das atividades humanas e de seus resíduos, como esgoto e lixo”, a responsabilidade de mortandade animal aquática é praticamente nossa, pela falta de preocupação com a natureza.

Os animais não necessitam de água potável para sobreviverem como nós, seres humanos, mas, não podem viver em qualquer tipo de água.

Nós sabemos que todos os seres vivos necessitam da água para sobreviverem, entretanto, nós seres humanos não podemos ingerir qualquer tipo de água, é necessário que essa água esteja potável para o nosso consumo. A água que chega na nossa residência é captada nos rios por um processo chamado Captação, onde é captada a água bruta e conduzida para passar por outras etapas na ETA( Estação de Tratamento de Água).

Ao dar entrada na ETA na sua forma bruta, ela recebe o seu primeiro tratamento, que é a Floculação, nesta etapa, a água recebe cal e um coagulante químico para que perca sua acidez e forme flocos de impurezas onde serão depositados no fundo dos tanques. Logo após, a água passa pela Decantação, onde ela fica em repouso para que os flocos contendo partículas mais grossas, formem uma camada de material sedimentado, ou lodo, demonstrando uma melhoria em sua aparência, como cor, cheiro e sabor. Em seguida, segue para um tanque formado por uma camada de areia e um suporte de pedrinhas, sendo removido as impurezas que não ficaram retidas nos fundos dos decantadores. Logo adiante, a água passa pelo processo de Desinfecção, onde recebe a aplicação de cloro, para destruir todos os parasitas e remover compostos químicos que dão cheiro e sabor à água. E por fim, é feita a Fluoretação, tendo em vista prevenir a incidência de cáries na população. Ao passar por esses 5 processos, a água pode ser considerada potável. Esse processo também tem o nome de Edução. Após essas etapas, a água passa pela última etapa que é a Distribuição, que através de canalizações subterrâneas, ramificam ate chegar nas ruas e residências.

Dentro de nossas casas, a água pode ser filtrada por um filtro onde possui uma vela porosa que retém as impurezas e os microrganismos, e pela fervura para que todos os micróbios sejam verdadeiramente exterminados.

Temos que cuidar dos nossos reservatórios domésticos de água, as caixas d’água, se não estiverem limpas, e higienizadas, a água que chegou e passou por todos os processos de polarização, vai ser contaminada novamente.

Depois de conhecermos todas as etapas que a nossa água passa, devemos ter a consciência de utilização e consumo como um bem, evitando sempre o desperdício.

A água é fundamental na vida humana tanto para as utilidades domésticas, como para tomarmos banho, lavar o rosto, escovar os dentes, dar descargas e etc. Ao fazermos todas esses procedimentos, sujamos a água que estava limpa, com restos de alimentos, detergentes, urina, fezes e outras excretas formando o esgoto doméstico.

Existem também os esgotos industriais e os hospitalares que são formados por materiais diversificados. Os esgotos produzidos em hospitais possuem vários medicamentos dissolvidos e resto de materiais provenientes das salas de cirurgias, esses esgotos devem ser cautelosamente afastados para evitar a contaminação, devido ao seu alto perigo. Os esgotos industriais são geralmente formados por materiais químicos de altíssima contaminação, que acaba destruindo a vida da fauna e flora do local onde são descartados.

A ETA foi criada para receber tanto o esgoto doméstico, como o hospitalar e o industrial que não possuem resíduos tóxicos. Ao chegarem na ETA, os esgotos passam por um processo de tratamento que inicia-se por uma grade, onde fica retido todo objeto de grande porte, após essa fase, ele segue para uma caixa de areia que será retirado os materiais mais grossos como areia e pedras, porém, existe no esgoto uma quantidade enorme de dendritos que são musgos, removidos no tanque de decantação. A parte liquida do esgoto que sai dos decantadores, sofre ainda um tratamento de retirada de compostos dissolvidos, e ainda utilizam bactérias aeróbias ou anaeróbias para se alimentarem dos detritos solúveis existentes.

Além desses esgotos, precisamos nos atentar para o nosso lixo, pois é ali que encontramos uma diversidade enorme de bactérias. Seja qual for a origem do lixo, se é doméstico, ou hospitalar ou ainda mesmo industrial, ele deve ser recolhido e colocado em locais de difícil acesso da população, alguns países utilizam a forma de incineração para eliminar o lixo.

No Brasil, utiliza-se a forma de aterro sanitário, para que o lixo chegue até esse local, necessita-se de um caminhão equipado e adaptado e alguns trabalhadores uniformizados e protegidos com os EPIs, para que não sejam alvos de acidentes e contaminados com as bactérias presentes nos lixos. Esses caminhões descarregam suas cargas próximo a um declive ingrime, em seguida, um trator empurra e passa sobre o material varias vezes formando um monte compacto e no final do dia é coberto por terra.

Na incineração, o lixo é transportado para um incinerador e ocorre a queima do lixo, podendo ser produzido um calor que é empregado na produção de eletricidade. Existe também a forma de compostagem que seria, encaminhar o lixo à uma usina de compostagem para que o mesmo se transforme em adubo.

Em várias cidades são instaladas, latas de lixos com cores variadas, informando à população, sobre a reciclagem, que nada mais é do que, reaproveitar oque pode ser reaproveitável de dentro do lixo, como por exemplo: Latinhas de alumínio, papéis, plásticos e outros, onde são encaminhados às indústrias consumidoras de matéria prima, para que possam fabricar novos produtos.

A autora conclui que o ser humano, além de destruir a natureza, ele pode criar algo que contribua com o crescimento populacional saudável. Todo conceito que ela enfatiza, nos ajuda a conscientizar mais sobre nossa verdadeira atitude em relação à nossa existência, será que estamos colocando em prática uma idéia que fará nossa vida melhorar totalmente?

Vilma Maria Cavinatto Rivero adotou uma metodologia de ensino do tipo dedutiva, pois ela focalizou uma ação que já é existente, somente não está implantada como devia. Ela nos mostra como devemos agir em cada situação para que nosso local de moradia, trabalho e até mesmo de lazer, seja mais descontaminado.

Vilma Maria Cavinatto Rivero citou 3 pessoas que ao longo de seu livro, tiveram uma contribuição com o tema levantado, saneamento básico. O primeiro foi o pesquisador Francês, Louis Pasteur, que descobriu e provou a causa das doenças infecciosas serem por microrganismos visto apenas por microscópio. O segundo foi o médico Emílio Ribas, seu feito foi realizar uma campanha de combate à febre amarela em SP, atacando focos do mosquito transmissor da moléstia. E em terceiro e ultimo, ela relatou a luta para erradicar as epidemias que se iniciou no ano de 1903 aqui no Brasil pelo higienista, Oswaldo Cruz.

Conclui-se que, essa obra é parte de um estudo onde o foco é a descontaminação, ou seja, a partir desse pressuposto, obtivemos o conhecimento sobre as fases do processo de saneamento básico, nota-se que a escrita é muito objetiva, propícia para facilitar nosso entendimento sobre o assunto, orientando nossa ação após a formação acadêmica. Temos a total certeza de que, seguindo essas regras de saneamento básico, será nossa primeira forma de não contrairmos nenhuma doença infecciosa. Necessitamos nos unir e colocarmos em prática cada fase que engloba o saneamento básico como um todo. Certificamos que essa obra contribui de várias formas para todo tipo de seguimento, tanto profissional, como educacional e domiciliar.

Indicamos essa obra para os alunos do curso de enfermagem, para expandir seus conhecimentos e aprimorá-los, orientando-os a saberem informar corretamente seus pacientes sobre os malefícios de não obedecer às regras de saneamento básico.

Ericson William Richard e Vilma Maria Cavinatto Rivero
Enviado por Ericson William Richard em 12/04/2016
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