CRÔNICA PARA DALVA AGNE LYNCH
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₢Carlos Costa


 
Dalva Agne Lynch é uma escritora autêntica, sensível, inteligente e consegue transmitir isso em obras maravilhosas e intrigante como o livro O HERÓI, que tive o prazer de degustar, palavra por palavra, sentindo o sabor de cada uma delas. Senti um sabor intrigante, fascinante e que nos faz imaginar o que acontecerá no prato seguinte que a autora nos servirá em forma de um capítulo novo. 
 
A autora tem uma leveza na escrita e gravita entre a ficção, poesias e temas religiosos hebraicos com a mesma sensibilidade que garante que dentro de cada um de nós mora um herói e que vale a pena buscá-lo e encontrá-lo.  Para que isso ocorra, Dalva Agne Lynch diz que “teremos que entrar em um  novo mundo e expandi-lo, para encontrar um outro mundo além desse mundo” e garante “não é porque você não acredita numa coisa que ela não exista”.  A autora tem razão: tudo existe e é possível! 
 
O nada também existe e é o que atrapalha a vida, muitas vezes, porque ficamos pensando muito no “nada” e esquecemos que existe um mundo dentro de outro mundo. O mundo imaginário, o mundo sensível, o mundo que permite se ouvir o barulho do vento, do cair das folhas e do balançar das flores ao vento.  Só que esse mundo pertence aos imaginativos criadores de literatura, despindo-se da dos adultos e entregando-se à credulidade das crianças e da crença dos jovens em que poderá existir um mundo melhor.
 
Dalva é divina, até quando fala de temas sensíveis como a morte. Em sua página, avisa: “não busque em meus textos o ritmo, a rima, a originalidade. / O que digo sai da disritmia da vida / da desigualdade do destino / do lugar-comum que é o sofrimento /que, como o Eterno / não faz distinção de pessoas”. Mas, ao contrário do que a própria escritora diz, em seus escritos se encontra ritmo, rima, leveza e originalidade, mas não encontrará lugar-comum, porque Dalva transforma tudo em suaves palavras, até quando escreve sobre temas tristes.
 
A suavidade e a perfeição da escritora lhe permite dizer que “tem gente que vê a morte como se fosse mesmo só uma passagem. E tem outras que não estão nem aí, de repente dão a vida por alguém, e daí se redimem de qualquer coisa ruim que tenham feito”.
 
Dalva Agne Lynch, não desista de escrever, não aceite críticas e, se aceitá-las, não as leve tão a sério, afinal porque santo de casa não faz milagre e nem escreve palavras tão lindas com essas transcritas de seu livro O HERÓI, uma obra para adolescentes, mas que faz adultos pensarem no valor da vida e da morte, com a transposição de um universo para outro, com a força da imaginação. 
 
Você tem talento, é criativa e muitas pessoas admiram seu trabalho e sou uma delas! Não pare de criar, escrever, exercitar seus medos, criar seu mundo e vivê-lo com leveza e orgulho. Eu sinto orgulho de tê-la como amiga e recebo com muito carinho seus comentários em meus trabalhos. Escritor também vive de elogios, mas deve suportar as crônicas porque somos apenas pensadores que insistem em praticar literatura em um país de poucos leitores e muitos críticos.
 
Carlos Costa, jornalista, assistente social e escritor
Enviado por Dalva Agne Lynch em 20/05/2016
Código do texto: T5641380
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