SONETO EM HOMENAGEM AO DIA DOS PAIS

No dia dos pais, uma homenagem ao meu - Alírio - com um soneto do pai dele. Meu avô, meu ídolo, meu amigo, meu fã, meu admirador mais fiel. - Como ele estaria feliz com a publicação do meu livro!

Infelizmente, já não está entre nós.

Se foi em 25 de setembro de 1976, aos 76 anos.

Obs.: A escolha do soneto, me ative ao gosto de papai.

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MEU EPITÁFIO

DE: FIRMINO FILHO

Aqui descansa deste mundo ingrato

um poeta qualquer, um vagabundo...

que aos outros tinha ódio profundo,

embora fosse um eterno caricato.

Mas afinal morreu; morreu de fato.

Foi desgraçado, miserável, imundo;

do vicio torpe e vil foi oriundo,

e por aqui começa o seu retrato:

Não teve luz na vida e nenhum brilho;

entre canalhas foi também canalha

e enganou a gregos e troianos;

Nasceu, viveu, morreu fazendo planos...

e através ás cinzas da mortalha

ainda pensa ser – FIRMINO FILHO -.

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Observo que, ele não era nada disso! Era pura poesia, sentimento e a humildade personificada. Não tinha nem coragem de repreender um filho “cara-a-cara”! Só fez isso por mim uma vez, quando mamãe lhe contou que papai havia me dado umas palmadas. - Ele repreendia os filhos por carta!!

- Seu vício: fumar debaixo do cobertor. (Rsrs)

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Então é isso: a todos os pais, um dia feliz!