Soneto n.144
SETE SEGREDOS
 

Insone, de passagem pelo sonho,
abro o leque dos sete segredos
e solto-os pelos vãos dos dedos
nos versos que sempre componho.

 

Se não sei agora onde os ponho,
não é somente por serem medos,
mas por causa de certos enredos
aos quais eu sempre me oponho.

 

Medonho é quedar assim ausente,
doente, a alma cheia de memória:
o passado enroscado no presente.

 

Ah! É justamente a tua ausência
que me afeta a vida (e a história)
e me põe aos pés desta demência!



***
Silvia Regina Costa Lima

28 de junho de 2010


SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 30/06/2010
Reeditado em 04/09/2016
Código do texto: T2350784
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