SUBSONETO
 
Perdoa meus profetismos tão maçantes,
perdoa meus barbarismos destrutivos
- mal sou possível, viável nos teus vivos
olhos de chuva - Vem, não poupa instantes!
 
Perdoa meus ceticismos limitantes,
perdoa meus morbidismos corrosivos
- porque me perdi em sóis alternativos
como quem busca muito mais que antes ...
 
E desgoverna meu soneto antigo,
esta lembrança fétida que prende
minha alma ao que não tem a ver comigo.
 
E desmaterializa qualquer poema
que se repita, feito o que se entende

por realidade, mas que é só teorema.

 

Parte da coletânea
14 Versos

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