Ruas Tumulares

Por estas ruas calmas, tumulárias,

Ruas de cruzes, de anjos macilentos,

Perco-me contemplando os monumentos

Na solidão das campas mortuárias.

Recordam-me estas ruas solitárias

A pompa dos antigos saimentos,

O som dos lutuosos instrumentos,

E a melodia lúgubre das árias.

Ruas de olvidamento, de memória,

São estas ermas ruas que hoje vejo,

Ruas que guardarão a minha história;

Pois nestas mesmas ruas algum dia,

Eu passarei levado em um cortejo,

Sem pompa, sem grandeza, sem poesia.

24 de fevereiro de 2012

*Versos decassílabos.

Derek Castro
Enviado por Derek Castro em 18/06/2012
Reeditado em 14/07/2017
Código do texto: T3730375
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