AUTO-RETRATO
 
 
 
Sou água límpida da cachoeira
que escorre pela mata em danação.
Sou alma irrequieta em aflição,
qual anjo, prostituta, aventureira!
 
Um misto de egoísmo e aguadeira,
que responde aos gritos de seu irmão.
Sou ave presa, triste, em prostração,
lutando contra a grade carcereira.
 
Sou sol que brilha no alto do infinito...
A meia parte da noite sombria
conquanto entre céu e inferno transito...
 
 
Parte de mim é fruto de m’a sorte,
do peregrino que, de sul a norte,
busca incessantemente, albergaria!
 
 




 
Este texto faz parte do Exercício Criativo
"AUTO-RETRATO"
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ÓTIMO DIA A TODOS!