Decadência Primaveril

Na minha vida, quando as tenras flores

Da infância germinaram olorosas,

Encheram-me a alma as formas vaporosas

De todos as venturas e furores;

Ao coração — jardim de pulcras rosas —

Deram-se as primaveras dos amores,

Emanações de férvidos ardores,

Eflúvios de ilusões esplendorosas!...

Vestida em vaga glória e magnitude,

A minha enaltecida juventude

Tão cedo se turvou das claridades;

Ao coração, restou-me dessas flores,

Somente as murchas pétalas das dores,

E uma coroa negra de saudades!

18/19 de Fevereiro de 2013

*Versos decassílabos.

Derek Castro
Enviado por Derek Castro em 08/03/2013
Reeditado em 07/07/2017
Código do texto: T4178007
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