POETA

Poeta, o brilho intenso que fulgura

No céu, da luz do sol, não tem primor

Diante do enlevo e da ternura

Que há nos teus poemas de amor!

Poeta, dos teus versos a brandura,

Mais cândida que o aroma de uma flor

Expressa o teu mundo de ventura

Talvez glorificado pela dor...

Poeta, no reinado da ilusão

Tu tens por companhia o esplendor

Da tua preciosa inspiração!

E quando se findarem os dias teus,

No céu farás também versos de amor

E os depositarás aos pés de Deus!

11/03/1962