SONETO PELA OUTRA METADE


Buscar-nos-emos eternamente!
Eu, e aquela, que sonhei em meus caminhos.
Que imaginei ofertando-me carinho,
fazendo-me a vida mais contente!

Buscar-nos-emos pra sempre!
Ainda que em meio a desalinhos.
- Trilando entre flores e espinhos -
 Mas buscar-nos-emos incansavelmente.

E qual peregrinos...,
Perdidos, sem rumo... Em desatinos,
como quem de há séculos se afastaram.


E buscar-nos-emos, talvez, pela eternidade!
Ao mais sublime amor... Ou à saudade...,
De almas que nunca se encontraram!

                         Puetalóide



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Comentário em Destaque!


Inspiradamente encantador seu soneto, meu querido Poeta.
Essa busca, penso que todos fazemos um dia.
As vezes pensamos ter encontrado, mas não era nossa jóia rara que iluminaria nosso coração pra sempre, e sim, apenas uma bela imitação.
Então... Continuamos nossa busca, penso que nós seres humanos temos esse instinto de querer,... Necessitar ser feliz... E chega um dia que finalmente reluz em nosso caminho  nossa PEDRA PRECIOSA... Quietinha no meio do caminho como nos esperando por muito tempo.
Posso contar um segredo?
Eu encontrei a minha na forma de um Poeta, de olhos doces e reveladores...! Enfim, encontrei aquele que acredito seguirá comigo por esta caminhada nesta vida aqui na terra e tomara, por todas mais que eu tiver.
Espero que no seu próximo soneto, você também conte um segredo e revele que encontrou sua Jóia Rara... Vou ficar feliz se isso aconteceu.
Que tua busca tenha terminado meu Poeta... Assim como acabou a minha.
Beijos doces e carinhosos em ti!

                         Sol Lopes



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Esperando o Amanhã


Tu és aquele, amor, que minh'alma espera
E sempre buscará tão docemente!...
Chorando embora confiantemente...
Em procuras que pedra alguma altera

Tu és aquele que no meu ser impera
Por ti eu corro qualquer via plangente...
Perigo enfrento corajosamente!
Só pra que a ti me junte... Não é quimera!...

O amanhecer... não o posso apressar não!
Quero o sabor do que poderá vir
E os tesouros que escondes... no coração...

Meus são teus sonhos... hoje e no porvir
Aguardo a aurora... primavera na mão
Pra te dar... quando chegando eu te vir!...

                         Esther Lessa



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A OUTRA METADE, UM SONETO


Encontramo-nos finalmente!
Muitos caminhos tortuosos enfrentei...
Da qual sempre o imaginei...
Que serias meu eternamente!

Muito sonhei... em sonhos vivi,
Um dia finalmente em ti me perdi...
Sim... É verdade, me perdi por ti nos desencontros,
Sei bem, que por ti não terei mais desencantos!

Duas almas gêmeas...
Mesmo sem rumo... Encantadas e efêmeras,
Vivem no seu destino um grande amor...

Saudade já não existe mais...
Encontros... Q'isá só desta vez sem dor,
Enfim venceu o amor...

                         SUSIBACKES



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NÃO CHORES MAIS...


Que buscas, amado meu, no teu caminhar?
Por que tanto sofres, por essa longa espera
a essa alma que julgas estar n'algum lugar
tão longe... que se tornou obsessão quimera?...

Te digo, não chores mais. Serei a amada,
a companheira, alma gêmea que tu procuras...
Talvez a mais terna, a mais eterna namorada
te fazendo esquecer todas as loucuras...

Por onde eu for, ouvirei teu canto triste,
teu lamento a mim chegará e pensarei
de como o amor que em mim existe

Te fará feliz... e eu completa ao teu lado.
Pois que pela eternidade eu te amarei
e estarei à tua espera, oh meu amado!

                         Simplesmente Romântica



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SONETO DA ESPERA


Domina-me o desejo a cada hora
De ver àquele que é minha metade
Dar-lhe-ei carícias e amor verdade
Pois que minh'alma pela sua implora

Almas que ainda nem viveram agora
Quiçá, encontrem-se na eternidade
Para amarem-se com sublimidade
Mas, sem esse encontro; minh'alma chora

Espero e não me canso de esperar...
Queria vê-lo sob a luz do luar
Chegando junto a mim, eletrizante!

Olhos brilhantes, riso de menino...
E enquanto ele não vem... Só desatino
Arde um coração de anseio flamejante!

                         Madalena de Jesus



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As metades que se encontram


Sublimado é o amor, sentimentos!
Que não morre através dos tempos,
No peito um clamor que o pulsar venera
Uma Afrodite ressurgida d'outras eras.

Da lira soam as notas à distância...
Num ecoar pelos templos, esperança!
Encontrar-te-á num olhar perdido
Nas memórias do tempo esquecido...

Mas, se a seta de Eros nunca errou
O coração transpassado em outrora
Renova das cinzas seu nome no agora

Com a certeza de quem a reencontrou
Revive o calor junto ao fago que arde...
A chama do querer... Nunca se apagou!

                         Yehrow