Tateando as palavras

É o gozo que escorre dessas palavras

E o lastro ofegante que me desce

Tão quente feito toda a tenra lava

Desencadeando o que me apetece

É o vício do tato, é tatear-lhe sentindo

Feito a grudenta seda dos meus pelos

É o vinco feito nos lençóis - é no florido

Pela cama esparramada de desejo

É a esperança descendo num colorido

É o tempo derramando a solidão

Numa leve carícia... num corpo dorido

Meus doces gemidos - anfitriões

E toda a ardência da lua - ao fundo

Escorregando nos lábios e abrindo em botões

Kathmandu
Enviado por Kathmandu em 20/10/2014
Código do texto: T5005203
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