ENCHENTE NA ALMA



O dique que se rompe em minh´alma
Repleto de paisagens turbulentas
Era, um dia, a mesma água calma
Em que memórias navegavam lentas...

Hoje lembranças de dias tristonhos
Irrompem densas águas lamacentas
E aqueles dias breves, só de sonhos,
Desaparecem em curvas agourentas...

Nesse dia assustador a alma precisa
Romper suas águas sujas, represadas
Para amainar dores dissimuladas...

Depois que a enchente passa, ameniza
A tristeza, e a dor em mim transmuta,
E torna à paz o que era força bruta!...




Ângela Faria de Paula Lima






ENCHENTE NA ALMA

E ntre lamas e sujeiras
N estes versos em que a alma
C hora em tristeza verdadeira
H oras, por um momento de calma

E quando explode a turbulência 
N as correntezas enlamadas
T udo se torna carência
E a alma não se sente amada

N ada como ter esperança
A trás de uma tempestade
A i surge aliviada bonança

L evando o lamaçal da vida
M etamorfose dos versos
A calentando de alegria o universo.


Angélica Gouvea


 
ANGELICA GOUVEA e ANGELA FARIA DE PAULA LIMA
Enviado por ANGELICA GOUVEA em 14/11/2015
Reeditado em 14/11/2015
Código do texto: T5448415
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