SONETO DE AMOR TOTAL

Que me arranquem a alma do meu corpo
em viva e fria carne,
mas não permitam os anjos
que as lágrimas dos teus olhos caiam!

Que dilacerem minha pele
lentamente, rente ao áspero chão,
mas não permita, nunca, os céus
que se angustie o teu coração.

Se um poder do céu fosse me dado,
ordenaria que os ponteiros do tempo,
para os dias mais felizes de tua vida,

rápidos e ligeiros voltassem...
...E feliz eu contemplaria tua alegria
Ainda, que nessa vida, eu jamais te encontrasse.

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Marta Cosmo /Anoitecer de 04 de janeiro de 2016