Poesia fácil
Não procuro pela paz, a guerra odeio
Pacato e solitário sigo apenas os encantos
Deste mundo pleno de estrangulados cantos.
A névoa e o silêncio de um porto anseio.
Um porto imenso, cheio de velas leves
Prontas a zarpar para o horizonte azulado
Doces, ondulando, enquanto o sussurrado
Vento vai passando, em acordes breves.
E é nesses acordes que o vento me leva
Distante, sobre o mar desconhecido.
Sozinho, sonho. Estou entristecido.
Oh quando, quando, na manhã sem treva
Despertará minha alma, do sol êmula
Do sol eterno sósia, livre e trêmula?