SONETO MOROSO

Meus dias no cerrado são morosos

Que nem lhes noto, macambúzios

E meus desfastios ficam brandúzios

Que no poetar se tornam ditosos

É como o socar da mão do monjolo

Lentamente decorre no seu vai e vem

Musicando o desenrolar, e também

As horas a pilar sem algum protocolo

E nesta frouxidão sem tempestade

O dia se faz tarde, à tarde anoitecer

Em leiras tão rasas de intranquilidade

Deslizando nos cochos do amanhecer

Vergastando o fôlego da serenidade

Em repentes de cochilos e adormecer

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

21/04/2016, 11'54" - Cerrado goiano

Canal do YouTube:

https://youtu.be/fn8ttufcank

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 21/04/2016
Reeditado em 21/04/2024
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