CERRADO (soneto 2)

O cerrado é como um soneto

arbustivo, tortuoso, melódico

chora a sua aridez, é talódico

diversos como verso irrequieto

Fala do diferente, do exótico

contrastante e muito concreto

vai além de apenas indiscreto

exuberante e também retórico

É prosa narrada é céu sem teto

o cerrado é um insano imódico

e a sua melancolia vira adjeto

É tão sequioso no teu periódico

ádvenas flores, frutos, de ti objeto

d'amor que te quero, és rapsódico

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

09 de julho, 2016 – Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 09/06/2016
Reeditado em 04/11/2019
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