ILUSÃO (soneto)

No beiral do cerrado a vida que passa

tal passada larga e velocidade feroz

num galope de ilusão faz-se algoz

da mocidade se tonando fácil caça

O tempo traga um vinho sem graça

da ilusão ser iludida pela face tardoz

de que é possível ter mundo de "oz"

no tardar veloz do fado que nos abraça

E assim, nesta altiva e devaneadora voz

tenta comandar com cortina de fumaça

a ilusão sonhando em não chegar à foz

Doce ledo engano desta ilusão trapaça

servindo a esperança do que já é após

de amarga fantasia em cuia de cabaça

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

11 de junho de 2016, 06'30" – Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 11/06/2016
Reeditado em 04/11/2019
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