SONETO SINGULAR

Não te amo desalinhado como se é o cerrado

tal folhas emurchecidas libertas na sequidão

te amo como o árido clama água, na exaustão

sequiosamente, entre o limite e o estar saciado

O meu amor por ti, está além de ser paixão

dentro de si, é a força do entardecer nevoado

do sertão, se pondo no horizonte denodado

dando aroma a memória, e fogo na imaginação

Te amo como o vento pelo torto talhado

livre assovia nas forquilhas uma canção

te amo por te amar, pois é de meu agrado

Se não fosse assim, não teria outra forma não

pois, pra te faço este sulcado soneto versado

tão para ti, que se tocá-lo, sentirás a vazão da emoção

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

junho, 2016 – Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 15/06/2016
Reeditado em 05/11/2019
Código do texto: T5667892
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