REVELAÇÃO (soneto)
Que meu olhar revelasse, tua revelação
És neste amor um envelopado segredo
Guardado no peito como meu folguedo
Festejado no afeto que sinto, e emoção
Como bom seria mostrar-te sem medo
No ato do meu viver, na face da paixão
E a todos poder dizer que és uma razão
Além do gostar, é poetar é terno enredo
É neste sigilo que consome a situação
Que os enganos trazem à voz, quedo
E a vontade, insegura e dura acusação
Preciso de um basta, se tarde ou cedo
Em calar-me teu nome, nesta fadigação
Pois o coração chama-te sem arremedo
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
16 de Junho de 2016 – Cerrado goiano