AMBIGUIDADE (soneto)

Uns carregam prata outros trazem ouro

Eu? Nem ouro nem prata, tenho rosas

Umas com espinhos, outras formosas

No meu farnel são um acaso e tesouro

Na oferta é para serem harmoniosas:

Nas dores, as brancas são vertedouro

Na sorte, as negras portam mal agouro

Assim, ornam a vida, tornam prosas

É enredo no amor passado e o vindouro

Aos corações belas poesias primorosas

E nas lágrimas, doce arrimo batedouro

Dotam a emoção, alegres e nervosas

São cores na morte e no nascedouro

Vão em todas as venturas, preciosas

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

Junho de 2016 – Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 23/06/2016
Reeditado em 05/11/2019
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