SONETO DA SEGUNDA FEIRA

Por seres o primeiro dia útil da semana

O dia da tal preguiça a ti entitulada

Por seres tão lenta a manhã raiada

És indesejada, ao despertar tirana

Por seres ao mau agrado condenada

Num trato pequeno, de simples fulana

Por seres mais que um início traquitana

És evitada, e tão pouco mais celebrada

Como a coirmã, sexta, tão aplaudida

Querida, e esperada. És desanimada

Como um fim de festa, ali, chicana

Por não ter outra ou qualquer saída

És encarada como anódina estrada

E nesta pendenga és outra semana...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

Junho de 2016 – Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 27/06/2016
Reeditado em 06/11/2019
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