SONETO DA SOLIDÃO

Eu estou completamente solitário

Passa o dia, vem a noite, agonia

A tarde entristece, cinzenta e fria

E eu aqui no cerrado, destinatário

O pôr do sol, de belo, virou nostalgia

Numa clausura da saudade... Unário

Eu, vejo o tempo não mais temporário

Tal folha de outono sem a autonomia

Nesta sequidão aumenta o itinerário

Do místico e algoz retiro em infantaria

Avançando firme, sendo um breviário

A solidão na vida, tornou-se relicário

Onde o tempo ora neste árido sacrário

Em cadência nas contas da melancolia

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

30/06/2016 – Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 30/06/2016
Reeditado em 06/11/2019
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