LAMPADÁRIO (soneto)

No breu do céu, ilustre lampadário

A lua, cingida de estrelas lucilando

Conforme a uma princesa levitando

Se orna de fulgor num alvo aquário

Como nas mãos da arte pintando

O belo e o encantado, num cenário

De esplendor, e num painel solitário

A dama da noite, vai coruscando

Eis a lua, rúbea nudez, e inconstante

Que traz devaneios por ela vigilante

Ora cheia, ora minguante, ali rimando

É o lustre celeste de olhar radiante

Que se pendura os segredos dante

E os oculta nos sonhos tão sonhado

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

agosto, 2016 - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 17/08/2016
Reeditado em 06/11/2019
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