EU POETO, ELA POESIA (soneto)

Não sou só, os poemas são companhia

Sempre comigo, falam com a inspiração

Traz lá de fora o diverso numa multidão

De cores, e sabores, em total demasia

Sou poeta! Na reta: curva e ondulação

Num labirinto de devaneios como guia

Aquecidos pela chama duma tal magia

Do doce amor, saídas do meu coração

Sim, não estou só: eu poeto, ela poesia

Que vive em mim numa eterna emoção

Se estranho ou comum, a mim sacristia

Nesta verve, não sei o que é ter solidão

Se assim me compraz, não tenho ironia:

Pranto canto ou nostalgia, só questão.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

agosto, 2016 - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 20/08/2016
Reeditado em 06/11/2019
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