NAU À DERIVA

"E Há tempos o encanto está ausente/ E há ferrugem nos sorrisos/ E só o acaso estende os braços/ A quem procura abrigo e proteção/ Meu amor (...)" (Renato Russo)

Nau à Deriva

Perante o meu olhar, a sepultura

Do encanto que em meu peito dolorido

Adoeceu, morreu de amor ferido

Condenando a alma minha a tal tortura

Devagar... como o sol foi se apagando

Tornando a minha vida negra agora

Espectro a vagar no mundo afora

Qual batel no oceano naufragando

Quando a saudade vã meus olhos molha

Desfolha imaculados sonhos pulcros

Que jazem sob a laje de um sepulcro

E à luz da cruel razão a alma olha

Suspensos entre escombros e quimeras

Restos mortis: magia de outras eras

(Edna Frigato)