MANACÁ DA SERRA NO CERRADO (soneto)

Plantei um manacá no cerrado

Para o chão ressecado florescer

Em flores bicolores, a irromper

Matizando o árido cascalhado

Já não me sinto só, o alvorecer

Tem um doce aroma de agrado

Com jeito de bafejo tão airado

Que abraçam todo o meu ser

O manacá da serra no cerrado

Trova com o vento um verter

Poético, se fazendo admirado

Árvore em flor, a transcender

O vazio num ato contemplado

Balsamizando os dias de prazer

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

agosto, 2016 - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 25/08/2016
Reeditado em 06/11/2019
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