IPÊ AMARELO

No teu fugaz aflorar. És partitura

Duma melodia cálida fulgurante

De etérea figura num semblante

No ápice duma passagem pura

Se ergue na paisagem, vibrante

Em efígie no cerrado, escultura

Tão cróceo de aparata candura

Num teor pomposo e insinuante

Ave ipê! Natureza na sua mesura

Aos olhos se faz guapo arruante

Ao poeta estro em embocadura

E neste Éden de aptidão gigante

Ao belo, a quimera se aventura

Numa viagem de visão alucinante

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

agosto de 2016 - Cerrado goiano

Vídeo poético no Canal do YouTube:

https://youtu.be/BeoaXQApCIw

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 29/08/2016
Reeditado em 01/02/2022
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