"NÃO QUERO PENSAR NO AMOR". Soneto-548.

Por ingratidões sofridas sem entender,

Tento de todas as formas não pensar,

Nas as amarguras que me veio suceder,

Parece ser-me a sina nada mais lembrar.

É nessa angustia que chora minha alma,

Como andarilhos que pela noite vagueia,

Em cada suspiro e gemido nesse trauma,

Deixo meus rastros ao trilhar a alva areia.

E como a flecha que percorre tão veloz,

Sangrou-me o peito sufocando-me a voz,

Ao fraquejar-me o ser impedido pela dor.

Não é por isso que não queira ser amado,

É simplesmente para não ser magoado,

Assim procuro jamais me lembrar do amor.

Cosme B. Araujo.

19/10/2016.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 19/10/2016
Reeditado em 19/10/2016
Código do texto: T5796977
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.