AMOLDO VERSOS (soneto)

Eu amoldo versos como artesãos

Do barro inviolado a transfiguração

Livre é o saltimbanco do coração

Que trova alumbramentos cortesãos

Nas pontas dos dedos em convulsão

A quimera arranha os tarares anciãos

Com a lira d'alma nos gemidos sãos

Escorrendo expressão da imaginação

Gota a gota, tato a tato nos corrimãos

Das vozes que aos amados clamam

E das odes que saem como bênçãos

Neste improviso tem dores, emoção

Solidão. Na cata dos sensíveis grãos

Da poesia. Transformados em canção!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Janeiro de 2017 - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 10/01/2017
Reeditado em 08/11/2019
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