Causa (soneto)

Ah soneto porque agruras quer poetar

No diálogo da ledice com a amargura

Nem tanta alegria, nem tanta tristura

Sou devaneador que se põe a sonhar

Se o rimar então chora porventura

Também riem nos versos ao cantar

Tenho o céu e o cerrado pra inspirar

E o amor no coração, principal figura

E neste motivo vai o meu caminhar

Veloz ou lento, moldo está escultura

Desenhando o fado no ser e no estar

Então, antes que tudo seja ventura

Completo a lacuna com meu olhar

E no tempo, vou cingindo a costura...

© Luciano Spagnol

poeta do cerrado

Fevereiro de 2017

Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 19/02/2017
Reeditado em 29/10/2019
Código do texto: T5917202
Classificação de conteúdo: seguro