SONETO DO CORAÇÃO

Ah, coração de sentimento involuntário

Pulsa avido quando quer e, bate forte

Se otário, apenas ingênuo num importe

És continuamente um aprendiz estagiário

Na saudade, aperta, da dor, faz reporte

Mas também alivia no correto itinerário

Porém, urgi quando o fluxo é o contrário

Porque é liberdade e do afeto transporte

Se apressado, pode ficar sem destinatário

Se incontrolado, o fado é sempre a morte

Assim caminha, assim atua no seu cenário

Sábio foi quem disse que o coração é sorte

Na desilusão, e suporte sempre necessário

No amor, pois vai além de ser só consorte

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Fevereiro de 2017 – Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 22/02/2017
Reeditado em 29/10/2019
Código do texto: T5920272
Classificação de conteúdo: seguro